Plantas: a pesquisa sugere que a ação da anestesia sobre os níveis celulares e orgânicos dos animais é similar à das plantas (Thinkstock/Thinkstock)
EFE
Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 15h54.
Londres - Um novo estudo elaborado por cientistas da Universidade de Oxford divulgado nesta segunda-feira revela que as plantas reagem à anestesia de maneira similar a animais e humanos, razão pela qual podem ser empregadas em testes clínicos.
A pesquisa, cujas descobertas foram divulgadas pela publicação "Annals of Botany", lembra como a anestesia foi empregada pela primeira vez no século XIX, quando se descobriu que inalar gás de éter evitava que os pacientes sofressem durante as intervenções cirúrgicas.
Desde então, foram encontradas muitas outras substâncias químicas que provocam efeitos anestésicos, embora ainda reste muito a descobrir sobre elas.
O citado estudo indica que, apesar de durante um período de 150 anos terem sido utilizados muitos tipos de anestesias, se sabe pouco sobre como esses componentes diferentes, que não contam com semelhanças estruturais, induzem à perda da consciência.
A anestesia também funciona nas plantas, segundo a equipe de pesquisadores, que constatou que, quando as expuseram a estas substâncias, várias delas perderam seus movimentos autônomos.
Por exemplo, durante os testes os pesquisadores observaram como a planta carnívora denominada dioneia deixava de gerar sinais elétricos e suas armadilhas continuavam abertas ao tato.
Além disso, no caso dos talos de ervilhas, estes perderam seus movimentos autônomos e ficaram imobilizados adotando uma forma curvada.
A pesquisa sugere que a ação da anestesia sobre os níveis celulares e orgânicos dos animais é similar à das plantas, razão pela qual podem servir como sistema de teste alternativo para realizar estudos sobre esta matéria.