Por consequência, os conspiracionistas experimentam mais rejeição social, perda de empregos, redução de renda e diminuição do bem-estar (Marc Dufresne/Getty Images)
Uma nova pesquisa descobriu que 'as pessoas que acreditam em teorias da conspiração sobre covid-19 têm maior probabilidade de serem infectadas pelo vírus'.
Trata-se de um estudo da Universidade Livre de Amsterdã, publicado na revista científica Cambridge University Press, e que, ao entrevistar 5.745 pessoas, obteve a constatação de que os consultados que estavam no campo conspiracionista tinham menos probabilidade de realizarem testes para covid-19, e quando testados, tinham maior probabilidade de já estarem infectados.
O estudo também observa que há uma chance maior desse grupo violar as orientações de contenção do vírus, principalmente o uso de máscaras, e junto disso, experimentar rejeição social, perda de empregos, redução de renda e diminuição do bem-estar geral.
"Uma propriedade básica das teorias da conspiração é que elas geram consequências mesmo quando se tratam de teorias extremamente distante da lógica ou de evidências científicas. Se ela for absorvida por quem é impactado, terá reflexos no cotidiano das atitudes, emoções e comportamento da pessoa”, escreveram os autores no estudo.
"Crenças conspiracionistas predizem quão bem as pessoas lidam com os desafios de uma pandemia global e, portanto, tem implicações substanciais para a saúde pública e privada, bem como para o bem-estar social e econômico dos observadores”, concluem.