Ciência

Estudo conclui que quem dorme mal perde alegria de viver

A pesquisa envolveu mais de 2.000 adultos, e autora acredita que sono precisa ser prioridade para quem quer qualidade de vida

 (tommaso79/Thinkstock)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 22 de setembro de 2020 às 11h12.

Você se sente diferente quando dorme mal? Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, concluiu que quem dorme mal durante a noite pode ter menos alegria para viver no dia seguinte.

A pesquisa indica que pequenas alterações na qualidade do sono já são capazes de afetar a nossa capacidade de vivenciar emoções positivas. O estudo, publicado no periódico científico Health Psycology, buscou entender como uma noite mal dormida afeta a reação humana a situações positivas e estressantes no dia a dia. Foram considerados dados de 2.000 pacientes adultos com idades entre 33 e 84 anos.

“Quando as pessoas têm uma experiência positiva, como receber um abraço ou passar um tempo em contato com a natureza, elas tendem a se sentirem felizes naquele dia”, afirma Nancy Sin, autora principal do estudo, em nota. “Porém, descobrimos que quando uma pessoa dorme menos que a quantidade de horas normal, não há tanto impulso de emoções positivas geradas por eventos positivos.”

Segundo o estudo, dormir por períodos mais longos do que o usual pode levar as pessoas a ter percepções mais positivas no dia a dia e a ter melhor proteção contra os efeitos do estresse -- mesmo que tenham tido alguma outra noite mal dormida.

O estudo indica, também, que o sono é especialmente importante para pessoas que são portadoras de uma doença crônica. "Para quem tem alguma condição crônica de saúde, descobrimos que um sono mais longo - em comparação com a duração normal do sono - levou a melhores respostas às experiências positivas no dia seguinte", disse Sin.

Para a pesquisadora, se as pessoas passarem a colocar uma boa noite de sono como uma prioridade na vida cotidiana, elas terão mais qualidade de vida e protegerão sua saúde no longo prazo.

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