Susto: (Reprodução/Thinkstock)
Lucas Agrela
Publicado em 23 de setembro de 2017 às 16h30.
Última atualização em 23 de setembro de 2017 às 16h30.
São Paulo – Você já parou para pensar nas diversas sensações que temos durante a vida? Um grupo de cientistas americanos se propôs a analisar esse tema para encontrar as principais reações emotivas que vivenciamos.
O estudo envolveu 853 pessoas que foram analisadas ao assistir 2.185 vídeos disponíveis na internet. Com base nisso, os pesquisadores do Laboratório de Interação Social da Universidade de Berkeley puderam identificar as 27 emoções que mais sentimos. Parte do grupo de participantes precisava escolher as emoções com base em uma lista de 34 opções, enquanto a outra tinha liberdade para descrever o que sentira.
Todo o experimento foi colocado em uma página web–que funciona melhor em computadores–,relacionando as emoções a trechos (gifs) dos vídeos exibidos aos participantes do estudo. Você pode perder um bom tempo olhando os gifs que despertaram sensações de ansiedade, adoração, medo, calma, entre outras–ou simplesmente usar o mapa como uma desculpa para ver mais vídeos bonitinhos de filhotes de cachorros ou gatos.
Esse mapa interativo pode ser acessado aqui.
Confira a seguir as emoções principais identificadas pelos pesquisadores durante o estudo:
1 - admiração
2 - adoração
3 - alívio
4 - anseio
5 - ansiedade
6 - apreciação estética
7 - arrebatamento
8 - calma
9 - confusão
10 - desejo sexual
11 - dor empática
12 - espanto
13 - estranhamento
14 - excitação
15 - horror
16 - inveja
17 - interesse
18 - júbilo
19 - medo
20 - nojo
21 - nostalgia
22 - raiva
23 - romance
24 - satisfação
25 - surpresa
26 - tédio
27 - tristeza
No estudo, os pesquisadores notaram que existem ligações entre diferentes estados emocionais. Há tênues ligações entre paz, horror e tristeza e entre júbilo e adoração, de acordo com Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade de Berkeley e especialista na ciência das emoções. "As experiência emocionais são mais ricas e cheias de nuances que pensávamos antes", afirmou o professor, em nota oficial da universidade.
Os pesquisadores dizem esperar que suas descobertas ajudem outros cientistas e engenheiros a capturar com mais precisão os estados emocionais relacionados ao humor, à atividade cerebral e também aos sinais expressivos, o que pode melhorar tratamentos psiquiátricos. Mais estudos devem ser realizados para fazer novas descobertas e confirmar (ou contestar) os achados de pesquisas parecidas com a da Universidade de Berkeley.