Doces: ao longo dos 14 meses de observação e mais de 32 mil vendas, a equipe percebeu que o atraso de 25 segundos nos doces promoveu um aumento de mais de 5% na venda de lanche saudáveis (Divulgação/Tadeu Brunelli/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2017 às 17h41.
Se você é fã de açúcar a ponto de achar que uma refeição não é completa sem um docinho, os cientistas descobriram uma forma de domar seu cérebro de formiga abstinente: esperar.
É isso mesmo, aguardar 25 segundos antes de comprar uma barra de chocolate pode ser crucial para resistir à tentação, deixar o açúcar de lado e escolher uma opção mais saudável.
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rush, nos Estados Unidos, instalaram cronômetros em máquinas de venda automática para analisar como as pessoas tomam decisões relacionadas à alimentação.
Os clientes que utilizaram essas máquinas precisavam esperar 25 segundos antes que chocolates e outras doçuras ficassem disponíveis.
Nesse intervalo de tempo, eles puderam mudar de ideia e escolher qualquer outra opção de petisco saudável.
Caso isso acontecesse, o lanchinho menos nocivo à saúde ficaria disponível imediatamente, sem necessidade de continuar a contagem dos segundos.
Já os clientes que chegaram com a intenção de comer algo saudável não precisaram aguardar – uma boa isca para os imediatistas.
Ao longo dos 14 meses de observação e mais de 32 mil vendas, a equipe percebeu que o atraso de 25 segundos nos doces promoveu um aumento de mais de 5% na venda de lanche saudáveis.
A partir desses resultados, os cientistas acreditam que a obrigação de esperar fez com que os petiscos se tornassem menos irresistíveis.
“Isso comprova que o cérebro humano prefere gratificações imediatas, e essa preferência se aplica a escolhas corriqueiras do nosso comportamento no dia a dia”, afirma o líder do estudo Brad Appelhans, da Universidade de Rush.
Na dúvida, inspire, respire, conte até 25 e deixe seu cérebro imediatista fazer uma escolha mais saudável. Haja paciência.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante.