Para Einstein, em determinado ponto, não é mais possível fugir do buraco negro (Universal History Archive/Colaborador/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de maio de 2024 às 06h34.
Albert Einstein estava certo quando dizia que existe uma área nos buracos negros onde não é possível mais evitar cair dentro desse objeto cósmico tão falado e estudado. Pelo menos é isso que aponta um estudo da Universidade de Oxford.
A chamada região de mergulho fica ao redor dos buracos negros. Nela, a matéria para de circular ao redor do buraco e cai direto dentro dele. A pesquisa observou que essa região exerce uma das forças gravitacionais mais fortes já identificadas.
O estudo é focado em buracos negros menores e mais próximos à Terra. Os autores usaram dados de Raio-X coletados pelos telescópios de Nasa, NuSTAR e NICER.
Ao contrário da teoria de Isaac Newton sobre a gravidade - a força de atração gravitacional é diretamente proporcional à massa e inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa os dois corpos -, Einstein defendia que, ao chegar perto de um buraco negro, as partículas não conseguem mais orbitar em segurança de forma circular. Elas mergulhariam em direção ao centro do buraco negro em uma velocidade próxima da luz.
Astrofísicos vêm tentando entender o que ocorre perto de uma superfície de um buraco negro. Para isso, eles estudam discos de material orbitando ao redor dos corpos celestes. Antes da recente descoberta, os cientistas debatiam até mesmo se a região de mergulho no buraco negro seria detectável.
Já outra equipe de pesquisa da Universidade de Física de Oxford está construindo o Telescópio Milimétrico da África, especificamente na Namíbia, direcionado para buracos negros massivos. O telescópio em questão será o primeiro a possibilitar a observação e filmagem de grandes buracos negros no centro da Via Láctea, onde está a Terra, ou até mesmo em locais mais distantes.