Idosos: na Psicologia, os profissionais passam a dar mais atenção para os idosos que vão para casas de repouso (Valery Hache/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 16h12.
São Paulo - O envelhecimento da população brasileira tem pautado as discussões nos cursos de graduação ligados à área de saúde.
Na Medicina, por exemplo, o tratamento aos idosos já não é mais exclusividade dos geriatras.
Os cursos também passam a incorporar novas tecnologias - com o desafio de transformá-las em aliadas de um tratamento mais humanizado.
Para o diretor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Antônio Carlos Lopes, a boa formação é holística.
"Isso contempla o bom atendimento para o idoso em todas as áreas", diz.
Lopes critica a inserção de aparatos tecnológicos na profissão. "Algumas técnicas esfriaram a relação. Na mão de um médico mal preparado é um perigo", diz.
Na Psicologia, os profissionais passam a dar mais atenção para os idosos que vão para casas de repouso.
"É preciso lidar não só com transformações da vida, mas com a internação do idoso", diz a coordenadora do mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Inara Leão.
Ela destaca ainda a preocupação com grupos e não só com os indivíduos.
"O psicólogo vai trabalhar, provavelmente, com escola e não mais com um aluno, assim como há cada vez menos espaço para abrir um consultório e uma tendência de trabalhar com políticas públicas e em empresas", afirma.