Os riscos enfrentados pelas empresas estão evoluindo rapidamente e são diversos, exigindo que o setor de seguros se adapte para combatê-los (GettyImages/Getty Images)
Laura Pancini
Publicado em 27 de outubro de 2021 às 11h00.
Última atualização em 27 de outubro de 2021 às 11h01.
Riscos relacionados à covid-19 e seu impacto econômico global ainda tiram o sono de executivos.
Esse é o resultado de uma pesquisa da corretora de seguros Aon com 2.344 gestores de risco, diretores de risco e financeiros realizada no segundo trimestre. Ataques cibernéticos foram o perigo número 1 mais citado, e mais da metade dos 10 principais riscos que executivos dizem enfrentar atualmente estão relacionados à pandemia, segundo resultados da pesquisa divulgados na terça-feira.
Muitas preocupações estão “inatamente interconectadas e são riscos de cauda longa que não são eventos únicos”, disse Lambros Lambrou, CEO para soluções de risco comercial da Aon. “Uma das coisas que a covid-19 demonstrou é que os riscos de longo prazo não estão mais muito longe no horizonte. Estão realmente na porta de muitas empresas.”
Entre as questões relacionadas à covid citadas pelos entrevistados estão ataques cibernéticos; interrupção dos negócios; desaceleração econômica; preços das commodities e escassez de matérias-primas; riscos da pandemia e crises de saúde; falhas na cadeia de suprimentos ou distribuição.
O risco cibernético aumentou durante a pandemia de covid, segundo a pesquisa da Aon, à medida que mais pessoas trabalham remotamente, “apresentando mais vulnerabilidades de segurança em potencial para malfeitores”.
A corretora de seguros também identificou problemas que empresas parecem não dar a devida importância. Entre eles estão questões ambientais, sociais e de governança; mudança climática; responsabilidade pessoal ligada a diretores e membros de conselho; e tecnologias disruptivas.
Uma ressalva é que os riscos enfrentados pelas empresas estão evoluindo rapidamente e são diversos, exigindo que o setor de seguros se adapte para combatê-los, disse Lambrou.
“O risco emergente e o risco futuro estão se movendo mais rápido do que a indústria de seguros é capaz de acompanhar”, disse. “Como setor, precisamos nos unir e inovar de forma mais eficaz.”