Ciência

Coronavírus: EUA aprovam teste de 5 minutos sem uso de laboratório

Sem a necessidade de um laboratório, o teste é realizado em um pequeno equipamento de menos de 3 quilos, do tamanho de uma torradeira

ID NOW, equipamento para testes da Abbott (Abbott/Divulgação)

ID NOW, equipamento para testes da Abbott (Abbott/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2020 às 19h30.

Última atualização em 29 de março de 2020 às 19h33.

Um novo teste para a covid-19 é o mais rápido desenvolvido até então. Criado pela empresa fabricante de tecnologia para saúde Abbott, o exame apresenta resultados positivos em cinco minutos e não depende de um laboratório. Os resultados negativos levam 13 minutos para ficarem prontos.

O teste Abbott ID NOW Covid-19 acaba de receber aprovação pela Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa americana) para ser usado e deve começar a ser produzido na semana que vem, com fabricação de 50.000 testes diários.

Sem a necessidade de um laboratório, o teste é realizado em um pequeno equipamento de menos de 3 quilos, do tamanho de uma torradeira, chamado ID NOW. De acordo com a companhia, o dispositivo é reconhecido pela comunidade científica pela sua acurácia e pode ser uma das plataformas mais acessíveis nos Estados Unidos.

"A pandemia da covid-19 será combatida em várias frentes, e um teste molecular portátil que oferece resultados em minutos aumenta a ampla gama de soluções de diagnóstico necessárias para combater esse vírus", disse Robert B. Ford, presidente e diretor de operações, Abbott. 

"Com testes rápidos no ID NOW, os prestadores de serviços de saúde podem realizar testes moleculares no ponto de atendimento fora das quatro paredes tradicionais de um hospital em pontos críticos de surtos".

Na quinta-feira, a FDA divulgou políticas de emergência em relação aos testes diagnósticos para detectar o coronavírus. A agência se abriu para diversas entidades e laboratórios para a criação e distribuição de testes mais rápidos, que podem oferecer resultados em até 15 minutos.

Em todo o mundo, faltam testes para identificar a presença do vírus nos seres humanos. Como nem todas as pessoas com sintomas conseguem receber um diagnóstico, a OMS já trabalha com a leitura de que há, em muitos países, uma subnotificação de casos.

Foi para lidar com este desafio no Brasil que a Anvisa, agência que aprova medicamentos e tratamentos no país, começou nos últimos dias a dar aval a novos tipos de testes para coronavírus. Foram aprovados na semana passada os primeiros testes chamados “rápidos”, que usam um tipo de tecnologia diferente da usada atualmente. Muitos conseguem mostrar diagnóstico em 10 minutos e exigem menos profissionais para operar o processo.

Na quinta-feira, 19, foram aprovados oito testes pela Anvisa, todos do tipo rápido. Nesta segunda-feira, 22, a agência publicou no Diário Oficial da União outras três aprovações. Para que o teste da Abbott possa ser usado por aqui, ele também precisará passar pela aprovação da Anvisa.

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