Ciência

Coronavac será testada contra variante brasileira do coronavírus, diz Butantan

Segundo o presidente do Instituto, após bons resultados contra as variantes inglesa e sul-africana a Coronavac já está sendo testada contra a variante brasileira

Coronavac: a vacina foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e está sendo envasada no Brasil pelo Butantan (Amanda Perobelli/Reuters)

Coronavac: a vacina foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e está sendo envasada no Brasil pelo Butantan (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 13h13.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às 13h39.

A Coronavac teve bons resultados em testes contra as variantes inglesa e sul-africana do novo coronavírus e já está sendo testada pelo Instituto Butantan contra a variante brasileira, disse nesta quarta-feira o presidente do Butantan, Dimas Covas.

"No caso da vacina do Butantan, nós já testamos lá na China essa vacina contra a variante inglesa e contra a variante sul-africana, com bons resultados. Agora nós estamos testando aqui no Butantan contra essa variante de Manaus", disse Covas em entrevista coletiva em Serrana, município do interior do Estado de São Paulo.

"Brevemente teremos resultados e estamos muito otimistas que ela vai conseguir dar conta do recado sim", acrescentou.

A Coronavac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e está sendo envasada no Brasil pelo Butantan, que também realizou testes com o imunizante ao longo do ano passado.

O Butatan iniciou nesta quarta em Serrana, na região de Ribeirão Preto, um estudo em que toda a população adulta da cidade (30 mil moradores) receberá a Coronavac para se avaliar os impactos da vacinação na pandemia.

Covas afirmou que a tecnologia usada na Coronavac, de vírus inativado, torna a vacina menos suscetível à perda de eficácia diante de novas variantes do coronavírus, ao contrário de imunizantes que usam um pedaço do coronavírus.

"Entre todas as vacinas que estão sendo usadas no momento, a vacina de vírus inativado, como essa que o Butantan fez, é a que tem menor probabilidade de ser afetada pela variante", garantiu.

"As demais são feitas em cima de um único pedacinho do vírus, se esse pedacinho muta, a vacina pode perder a eficácia", disse.

O Butantan já entregou 9,8 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde para serem usadas no Programa Nacional de Imunização. Com a chegada recente de mais lotes do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China nas duas últimas semanas, o Butantan espera entregar a partir da semana que vem 600 mil doses diárias da CoronaVac ao Ministério da Saúde.

O contrato do instituto com a pasta prevê a entrega de 46 milhões de doses do imunizante, aplicado em duas doses, até abril e de mais 54 milhões até setembro.

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