O estudo é o primeiro, até agora, a ser publicado com foco nas vacinas de vírus inativado (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2021 às 16h17.
Última atualização em 18 de agosto de 2021 às 16h18.
Um novo estudo feito por pesquisadores chineses mostra que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, é eficaz contra a variante Delta da covid-19.
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De acordo com as informações, publicadas na plataforma de preprints SSRN, vinculada à Lancet, o imunizante confere proteção de 100% contra casos graves da doença e de 69,5% contra o aparecimento de pneumonias originadas pela doença. O estudo ainda necessita de revisão dos pares.
O estudo é o primeiro, até agora, a ser publicado com foco nas vacinas de vírus inativado, estudando a eficácia na prevenção de pneumonias e de casos graves relacionados à variante delta.
Ao todo, a pesquisa envolveu 10.813 pessoas e foi realizada entre maio e junho de 2021, época de alta transmissão da variante Delta no país. Participaram da pesquisa grupos de pessoas não vacinadas, e aquelas que já tinham tomado pelo menos uma dose de um dos quatro imunizantes aplicados atualmente na China -- as vacinas da Sinovac, da Sinopharm e da Biokangtai.
Entre os voluntários, 5.888 (54,45%) não foram vacinados, 3.130 tomaram a primeira dose e 1.795 tomaram as duas doses.
Das 3.130 pessoas que tomaram a primeira dose, 48,57% foram imunizados com a vacina da Sinovac e, entre os 1.795 que tomaram as duas doses, esse indicador foi de 58,28%.
Estudo do Reino Unido
Publicado no New England Journal of Medicine, a pesquisa mostrou que a vacina da Universidade de Oxford é 33% eficaz contra a variante Delta com uma dose e 60% eficaz após duas doses (e quinze dias de espera).
Estudo do Canadá
Não revisado por pares, a pesquisa canadense publicada no servidor MedRxiv indica que o imunizante é 67% eficaz a partir de 14 dias após a primeira dose. Não há dados suficientes para duas doses.
Estudo da Escócia
Publicado como uma carta ao jornal científico Lancet, a pesquisa baseada na Escócia indica que a vacina da AstraZeneca é 60% eficaz pelo menos 14 dias após a segunda dose.
Estudo do Reino Unido
Mesma pesquisa britânica que a da AstraZeneca mostrou que o imunizante da Pfizer é 33% eficaz com uma dose e 88% eficaz quinze dias depois da segunda dose contra a cepa originada na Índia.
Estudo do Canadá
A vacina da Pfizer mostrou ser 56% eficaz a partir de 14 dias após a primeira dose e 87% eficaz após duas doses. Vale lembrar que o estudo canadense não foi revisado por pares.
Estudo da Escócia
A pesquisa escocesa divulgou apenas resultados considerando a segunda dose. No caso da Pfizer, o imunizante se mostrou 79% eficaz contra a variante Delta, pelo menos 14 dias após a segunda dose
Estudo de Israel
De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde de Israel, a eficácia da vacina na prevenção de infecções e doenças sintomáticas caiu para 64%. Ao mesmo tempo, a vacina foi 93% eficaz na prevenção de hospitalizações e doenças graves causadas pelo coronavírus.
A Johnson & Johnson anunciou no início de julho que sua vacina de dose única é eficaz contra a variante Delta.
De acordo com pesquisadores, os anticorpos e as células do sistema imunológico de oito pessoas inoculadas com a vacina da J&J neutralizaram efetivamente a cepa. Um segundo estudo realizado em Israel teve resultados parecidos.
Os resultados foram submetidos ao bioRxiv, site de relatórios científicos ainda não revisado por pares. Assim como a CoronaVac, mais pesquisas precisam ser feitas para estimar uma porcentagem.
A vida é diferente dos ensaios clínicos. Todos os estudos têm resultados que variam porque não há como controlar o número de vacinados, a circulação do vírus e o impacto dele em cada corpo. Cada resultado será diferente porque os ensaios clínicos coletam informações de regiões e pessoas diferentes.
Além disso, os números podem variar porque dependem de fatores como altura, idade e país de cada participante (e já ter tido infecção por covid-19 faz diferença também).
A variante Delta tem se tornado predominante em diferentes países e aumentado significativamente o número de casos de pessoas contaminadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, 80% dos novos casos foram gerados por essa variante.
No Brasil, os casos gerados por essa mutação aumentaram 84% em uma semana
a cidade de São Paulo tem 171 casos relacionados a essa mutação do Sars-CoV-2. De acordo com informações divulgadas pelo Estadão,
O Estado com o maior número de mortes segue sendo o Paraná, com 19, mas outros sete Estados também já contabilizam vítimas para a cepa: Rio Grande do Sul (8), Rio de Janeiro (7), Goiás (1), Maranhão (1), Pernambuco (1), Minas Gerais (1) e Santa Catarina (1). Além do Distrito Federal. O Estado do Rio continua liderando no número de diagnósticos positivos para Delta, com 431 casos.
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