Ciência

CoronaVac é 86,4% eficaz para prevenir mortes por covid-19, mostra estudo

O imunizante também é 86% eficaz na prevenção de hospitalizações, apontou pesquisa chilena

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 3 de agosto de 2021 às 20h25.

Última atualização em 3 de agosto de 2021 às 20h51.

A CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac contra a Covid-19, é 58,5% eficaz na prevenção do desenvolvimento de sintomas da doença, mostrou nesta terça-feira um estudo chileno realizado no mundo real.

O imunizante também é 86% eficaz na prevenção de hospitalizações, 89,7% para evitar internações em unidades de terapia intensiva e 86,4% na prevenção de mortes, de acordo com o estudo.

A CoronaVac, que no Brasil é envasada pelo Instituto Butantan, é a segunda vacina mais usada na campanha de imunização brasileira contra a Covid-19.

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 Incertezas sobre a variante delta

O Chile, que iniciou a vacinação em massa em 3 de fevereiro, conseguiu vacinar 80% da sua população-alvo (15,2 milhões de uma população total de 19 milhões).

Nesta terça, o país registrou 616 novos casos, a cifra mais baixa desde abril do ano passado.

"Estes dados reforçam que a vacinação tem tido um papel importante no controle da pandemia e e embora vejamos algumas 'bandeiras vermelhas' quanto à diminuição da eficácia da Coronavac e da Pfizer, isto não se refletiu até o momento nos desenlaces mais graves", acrescentou Araos.

A diminuição da proteção e a incerteza que provoca a circulação da variante delta, muito mais contagiosa, abriu o debate sobre a aplicação de uma terceira dose de reforço.

As autoridades do Uruguai, com um esquema vacinal similar ao chileno, já aprovaram a terceira dose com a Pzifer para aqueles que receberam as duas doses da Coronavac.

No entanto, o fato de que se mantenha a proteção para os casos mais graves indica que as pessoas são capazes de produzir anticorpos para enfrentar a doença.

"Embora os anticorpos caiam e isto permita que ocorram mais infecções, o corpo é capaz de responder rápido com uma nova produção de anticorpos", afirmou Araos.

O especialista espera que a eficácia continue diminuindo, como ocorre com outras vacinas contra vírus respiratórios.

"Eu esperaria que continue caindo lentamente ou permaneça como vimos até agora, a menos que a delta se torne mais prevalente e (as vacinas) tenham uma resposta menor e talvez poderíamos observar uma queda mais rápida. Essa é a incerteza que a delta nos traz para qualquer tipo de previsão", acrescentou. (Com Reuters e AFP)

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