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Contra fake news, Ministério da Saúde cria robô sobre covid-19 no WhatsApp

Para aumentar o alcance de informações verificadas sobre a covid-19, Ministério da Saúde lança bot para o WhatsApp

Coronavírus: Ministério da Saúde lança bot para ajudar a combater fake news sobre o tema (Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images)

Coronavírus: Ministério da Saúde lança bot para ajudar a combater fake news sobre o tema (Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 27 de março de 2020 às 11h14.

Última atualização em 27 de março de 2020 às 11h52.

O Ministério da Saúde anunciou um canal de informações sobre o novo coronavírus, chamado de Sars-CoV-2, para o WhatsApp. A nova ferramenta passa a funcionar a partir da data de hoje, e tem como objetivo combater as fake news sobre o tema, mantendo a população informada com o uso de notícias e conteúdo verificado pelo próprio setor.

O atendimento será gratuito e realizado por um robô de atendimento automático, ou bot. Ele responderá dúvidas mais comuns, como, por exemplo, os principais sintomas e algumas orientações sobre a doença. Além disso, o bot também poderá orientar os usuários sobre como agir diante de casos suspeitos, quais são as formas de contaminação e desmentir alguns boatos que circulam pela plataforma de mensagens instantâneas.

Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde do Brasil, comentou em nota que a principal intenção é manter a transparência sobre as informações que circulam nas redes sociais sobre a covid-19. “Desde o início da circulação do coronavírus no mundo, o Ministério da Saúde trata com total transparência as informações referentes ao tema. Esta ferramenta permitirá o contato imediato do cidadão com as diretrizes oficiais e informações verídicas, diretamente da fonte, evitando equívocos em um momento de cuidado extremo”, comentou Mandetta.

Matt Idema, diretor de operações do WhatsApp, também reforçou a necessidade da plataforma se tornar um meio confiável para o acesso de informações e notícias: "Em momentos difíceis como esse, as pessoas usam o WhatsApp mais do que nunca para se conectar e apoiar seus amigos, familiares e comunidades. Temos o prazer de poder fornecer ao Ministério da Saúde ferramentas de comunicação para ajudá-los a responder às perguntas dos cidadãos sobre o vírus com conselhos de saúde confiáveis e oportunos, a fim de manter as pessoas seguras”, completou Idema, em nota.

Existem duas maneiras de ter acesso ao bot criado pelo Ministério da Saúde:

  • Pelo celular: basta salvar o número +55 (61) 9938-0031 e enviar a mensagem "Oi" para iniciar a conversa;
  • Pelo WhatsApp Web: é necessário acessar este link para começar a conversar com o bot.

Além do Ministério da Saúde brasileiro, os órgãos de saúde de países como Israel, Cingapura, Argentina e Indonésia também adotaram formas de comunicação oficiais por meio do WhatsApp.

O órgão brasileiro não é o único a ter desenvolvido um robô para informar sobre o tema na plataforma; o CheckCorona, criado pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, ICMC, da Universidade de São Paulo, também almeja ser um meio para guiar a população sobre como lidar com a  pandemia. Confira:

CheckCorona

Desenvolvido pelo doutorando Murilo Gazzola, do ICMC, o CheckCorona tem como objetivo facilitar a triagem e identificar se o usuário em questão está com possíveis condições de risco. O bot foi programado para realizar perguntas simples ao indivíduo, como a idade, a localização onde mora e se está apresentando algum dos principais sintomas - como febre ou tosse.

Para ter acesso ao bot, é necessário adicionar o número +55 (16) 98112-8986 e iniciar a conversa com a mensagem "CheckCorona", que responderá com as questões necessárias para fazer o atendimento. Respondidas as questões, o bot identifica qual é a melhor solução para o usuário. Ele reforça que idas ao hospital sem estar de fato contaminado, no momento, não são necessárias, e recomenda o autoisolamento para os indivíduos que não apresentam graves sintomas.

A ideia do projeto está entre as 71 selecionadas pelo Desafio Covid-19, realizado pelo Ministério Público de Pernambuco em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Para realizar o projeto de big data, Gazzola informou, em nota, que combinou aprendizado de máquina profundo, chamado de deep learning, com processamento de língua natural; ele acrescentou que sua intenção era levar informação ao maior número de brasileiros possível, de forma gratuita e simples.

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