Por mais de 40 anos o homem achou que a Lua fosse seca, até que estudos começaram a apontar o contrário
EFE
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 07h28.
Washington - Cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e da Universidade Brown, nos Estados Unidos, descobriram a origem de Oriental, a maior cratera da Lua formada há 3,8 mil anos e com um diâmetro de 930 quilômetros, segundo publicou na quinta-feira a revista "Science".
A descoberta, fruto de estudos divulgados em dois artigos, foi possível graças aos dados recolhidos em 2012 pelos satélites da missão Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade (Grail, sigla em inglês) da Nasa.
De acordo com o estudo do geólogo Brandon Johnson, da Universidade Brown, o asteroide que criou a cratera Oriental impactou a 15 km/h contra a Lua e tinha 64 quilômetros de diâmetro.
Esse impacto criou uma cratera de dimensões (entre 320 e 460 quilômetros de diâmetro), que não correspondem com as atuais, uma vez que entrou em colapso pelas fraturas da rocha e suas temperaturas, formação de três anéis concêntricos visíveis atualmente.
"Grandes impactos como o que formou Oriental foram os maiores fatores de mudanças nas crostas planetárias do sistema solar. Graças aos dados surpreendentes fornecidos pelo Grail, compreendemos melhor como se formaram essas bacias, e podemos usar esses conhecimentos em outros planetas e luas", disse Johnson.