Estrelas: para admirar o fenômeno não é necessário nenhum instrumento (©AFP / Eso/AFP)
AFP
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 20h30.
Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 22h17.
A tradicional chuva de estrelas do mês de agosto atingirá seu auge na noite de domingo e madrugada de segunda-feira, um espetáculo celeste realçado este ano por um céu escuro de lua nova.
O auge do fenômeno "deverá ocorrer por volta das 02H00 GMT de segunda-feira (23H00 de domingo em Brasília) com uma ou duas estrelas cadentes por minuto", explicou à AFP Florent Deleflie, astrônomo do Observatório de Paris.
"Assim que cair a noite de domingo, os observadores poderão esperar ver dezenas de meteoros por hora", apontou a Royal Astronomical Society (RAS) em um comunicado.
As previsões auguram um 2018 "na média" para as Perseidas - melhor que o ano passado mas não tão bom como 2016, que foi excepcional.
A chuva de estrelas é causada pelas Perseidas, um campo de partículas deixadas pelo cometa Swift-Tuttle, que a Terra cruza a cada ano entre meados de julho e meados de agosto.
Ao entrar em nosso planeta, essas partículas chocam com as moléculas da atmosfera. A colisão violenta produz luz. Cada partícula se transforma então em uma "estrela cadente".
Embora o número esperado de estrelas cadentes não seja excepcional, as condições de observação serão "perfeitas", segundo a Royal Astronomical Society. Porque "lua nova é sinônimo de céu mais escuro".
Para admirar o fenômeno não é necessário nenhum instrumento, mas os especialistas recomendam se afastar das luzes da cidade, privilegiar o mar e a montanha e ter paciência, uma vez que a visão leva pelo menos 10 minutos para se acostumar à escuridão.
Florent Deleflie anima os observadores a "manter os olhos no céu porque alguns fenômenos muito furtivos ou algumas estrelas cadentes muito pequenas só são visíveis quando se olha permanentemente a abóbada celeste".
"Se as nuvens tornarem a observação impossível este fim de semana, saibam que a chuva de estrelas cadentes durará ainda alguns dias, embora com uma atividade reduzida", disse a Royal Astronomical Society.