Ciência

CEO da BioNTech acredita em proteção de vacinas contra Ômicron

“Não entrem em pânico”, disse Sahin. “O plano continua o mesmo: acelerar a administração de uma terceira dose de reforço.”

Os comentários do CEO da BioNTech, que desenvolveu sua vacina contra a Covid em parceria com a Pfizer, reforçam o coro de especialistas de fabricantes de imunizantes sobre a eficácia contra a nova variante (Scott Eisen/Bloomberg)

Os comentários do CEO da BioNTech, que desenvolveu sua vacina contra a Covid em parceria com a Pfizer, reforçam o coro de especialistas de fabricantes de imunizantes sobre a eficácia contra a nova variante (Scott Eisen/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 21h50.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 21h53.

Por:  Naomi Kresge

A geração atual de vacinas contra a Covid-19 deve proteger contra casos graves em pessoas infectadas pela variante ômicron, disse o diretor-presidente da BioNTech, Ugur Sahin.

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A nova variante, que apresenta um número elevado de mutações, pode resultar na infecção de mais pessoas vacinadas, disse Sahin em entrevista à Dow Jones. Mas, mesmo que os anticorpos em pessoas vacinadas não consigam combater a variante, esta provavelmente entrará no radar das células do sistema imunológico, disse.

“Não entrem em pânico”, disse Sahin. “O plano continua o mesmo: acelerar a administração de uma terceira dose de reforço.”

Os comentários do CEO da BioNTech, que desenvolveu sua vacina contra a Covid em parceria com a Pfizer, reforçam o coro de especialistas de fabricantes de imunizantes sobre a eficácia contra a nova variante. Em meio à escassez de dados concretos, algumas opiniões às vezes parecem contraditórias, o que aumenta a incerteza entre investidores sobre como reagir ao surgimento da ômicron.

Executivos da Moderna disseram anteriormente que as diversas mutações da ômicron sugerem que novas vacinas serão necessárias, comentários que derrubaram os mercados financeiros. Já a Universidade de Oxford, que desenvolveu uma vacina com a AstraZeneca, disse que ainda não há evidências de que os imunizantes existentes serão ineficazes contra a nova cepa.

Testes de laboratórios

Em última análise, a prova virá dos resultados dos testes de laboratório dentro de semanas e do desempenho das vacinas contra a variante em populações do mundo real.

O governo Joe Biden também mostra otimismo cauteloso. Biden disse na segunda-feira que sua equipe médica acredita que as vacinas atuais “continuarão a fornecer certo grau de proteção contra casos graves”, porém destacou que mais dados serão divulgados em algumas semanas. O governo espera que não haja necessidade de vacinas específicas e atualizadas para a ômicron e “ainda não acredita que medidas adicionais serão necessárias”.

Na terça-feira, a reguladora de medicamentos da União Europeia disse que pode acelerar procedimentos para aprovar novas versões de vacinas para enfrentar a ômicron, caso as atuais se mostrem insuficientes para combatê-la.

A BioNTech também tomou medidas para acelerar a disponibilidade de imunizantes para crianças em idade escolar na UE. A empresa informou autoridades da Comissão Europeia na terça-feira que vacinas para crianças de 5 a 11 anos seriam enviadas na semana de 13 de dezembro, uma antes do planejado, de acordo com documentos vistos pela Bloomberg News.

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