Ciência

CDC corrige alerta de que o coronavírus pode ser transmitido pelo ar

Órgão americano havia informado na sexta-feira (18) que o vírus poderia ser transmitido pela corrente de ar e até recomendava o uso de purificadores

Vírus Sars-CoV-2 pode ser transmitido pelo ar, de acordo com o CDC (Kiyoshi Hijiki/Getty Images)

Vírus Sars-CoV-2 pode ser transmitido pelo ar, de acordo com o CDC (Kiyoshi Hijiki/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 21 de setembro de 2020 às 15h32.

Última atualização em 21 de setembro de 2020 às 15h33.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira (21) que publicou erroneamente um aviso de que o coronavírus pode se espalhar por partículas no ar. O informativo foi postado no site do órgão na sexta-feira (18) e dizia que o vírus SARS-CoV-2 poderia ser transmitido por partículas de ar e até recomendava o uso de purificadores de ar.

De acordo com o comunicado, o vírus poderia permanecer presentes em partículas suspensas que viajam até seis pés – cerca de 1,8 metro. Essas partículas, que são diferentes de gotículas respiratórias expelidas pela tosse, fala ou espirro, são consideradas mais perigosas para a transmissão dos germes de pessoa para pessoa.

“Uma versão preliminar das alterações propostas a essas recomendações foi postada por engano no site oficial da agência”, informou o órgão nesta segunda. “O CDC está atualmente atualizando suas recomendações sobre a transmissão aérea do SARS-CoV-2.”

As novas orientações do CDC chamaram a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que entrou em contato com o órgão americano. Mike Ryan, diretor executivo do programa de emergências de saúde da OMS, afirmou que sua organização não viu nenhuma nova evidência sobre as partículas transportadas pelo ar.

Ryan afirmou que a OMS está monitorando “evidências emergentes” de uma possível transmissão do vírus SARS-CoV-2 pelo ar. Os estudos disponíveis até o momento demonstram que o vírus pode se espalhar por transmissão aérea, como pelo meio de aerossóis no ar. Mas ainda faltam conclusões mais detalhadas.

Vale destacar que, em agosto, um da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, apontou que o coronavírus poderia ser transmitido pelo ar em uma distância maior do que o 1,5 metro recomendado por diretrizes médicas para evitar o contágio. A mesma conclusão já havia sido observada na China, durante o começo da pandemia.

 

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