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Butantan cria vacina nacional contra covid; 40 mi de doses serão lançadas

Vacinação deve começar em julho, segundo João Doria, governador de São Paulo; Instituto Butantan deve enviar hoje à Anvisa pedido de autorização da fase 1 de testes

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan: deverão ser fabricadas 40 milhões da nova vacina até o final do ano (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan: deverão ser fabricadas 40 milhões da nova vacina até o final do ano (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 26 de março de 2021 às 08h26.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 14h17.

O Instituto Butantan anunciou nesta sexta-feira, dia 26, a conclusão satisfatória de testes pré-clínicos, realizados em cobaias, da nova vacina desenvolvida por seus cientistas. O imunizante foi produzido por meio da utilização do vírus inativado da gripe viária. "É um anúncio histórico para o Brasil", disse João Doria, governador de São Paulo, durante coletiva realizada nesta sexta no Palácio dos Bandeirantes. "Trata-se da primeira vacina fabricada 100% com tecnologia nacional".

A Butanvac deve estar disponível nos próximos meses, segundo o governo de São Paulo. A expectativa é da fabricação de 40 milhões de doses a partir de maio. Com isso, a vacinação poderá começar em julho, de acordo com o governo de São Paulo.

Segundo Doria, os testes em voluntários devem ser iniciados já em abril, mediante autorização da Anvisa. O Insituto Butantan deve solicitar nesta sexta o pedido para o início dos testes da fase 1. Os certificados de protocolo da Butanvac deverá ser enviado também nesta sexta para a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"O desenvolvimento da vacina começou um ano atrás", disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. "Em um mês, devemos terminar a fase de avaliação clínica e aí iniciar de fato a produção".  Segundo Covas, trata-se da mesma tecnologia utilizada na fabricação da vacina para gripe, aplicada em 80 milhões de pessoas por ano no Brasil.

A Butanvac foi desenvolvida em ovos embrionários, uma tecnologia já largamente utilizada na fabricação de vacinas que combatem doenças das aves. O proteína S integral do Sars-CoV-2 foi inserida no vírus inativo da gripe viária.

"Hoje, precisamos ter uma esperança de retorarmos a nossa vida. A vacina é a nossa esperança. Não dependeremos de insumos de fora, com isso produziremos mais vacinas", afirmou Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do governo de São Paulo.

 

 

 

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