Instituto Butantan: Os imunizantes estão sendo fabricados a partir dos insumos que chegaram da China na noite de quarta-feira, 3 (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 18h08.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2021 às 18h08.
O Instituto Butantan começou a produzir 8,6 milhões de novas doses da vacina Coronavac neste sábado, 6. Os imunizantes estão sendo fabricados a partir dos insumos que chegaram da China na noite de quarta-feira, 3. O órgão de pesquisa desenvolve a vacina contra o novo coronavírus em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Os 5.400 litros de matéria-prima passarão por envase, rotulagem, embalagem e processo de inspeção para controle da qualidade das ampolas. A previsão é de que as novas doses comecem a ser liberadas para imunização dos brasileiros a partir de 23 de fevereiro.
A chegada da matéria-prima, na quarta-feira, encerra, por enquanto, os problemas enfrentados para a importação do material. A carga atrasou e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) chegou a pedir atuação do governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, para ver a importação ser bem sucedida.
A vacina vem sendo envasada após o recebimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), importado da China. Na próxima quarta-feira, 10, o instituto deverá receber mais 5.600 litros da matéria-prima. Eles correspondem a mais 8,7 milhões de doses. A liberação de outros 8 mil litros está em negociação com a farmacêutica chinesa. Uma nova fábrica está sendo construída para a produção completa da vacina pelo Butantan, que deve iniciar a fabricação em escala a partir de janeiro.
A Coronavac é hoje a mais amplamente disponível no País. A produção da vacina foi comprada pelo Ministério da Saúde e está sendo distribuída aos Estados. Até o dia 31 de janeiro já haviam sido entregues 8,7 milhões de vacinas. O contrato com o governo federal prevê a entrega de 46 milhões de doses, além da promessa de aquisição de mais 54 milhões.