Ciência

Brasileiro recebe pílula da Pfizer contra Covid-19 em Israel

Antiviral bloqueia enzima que o coronavírus precisa para se reproduzir

Com o diagnóstico positivo para doença, Neumark relatou que ofereceram a ele o tratamento por meio da pílula (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Com o diagnóstico positivo para doença, Neumark relatou que ofereceram a ele o tratamento por meio da pílula (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 17h09.

O economista Simcha Neumark foi o primeiro brasileiro a receber a pílula da Pfizer para tratamento da Covid-19, após contrair a doença. Neumark mora atualmente em Israel, onde tomou o medicamento Paxlovid.

Nascido em São Paulo, o brasileiro tem uma doença autoimune, que o impediu de desenvolver anticorpos contra a Covid-19, mesmo depois de ter tomado cinco doses da vacina.

-- Eu peguei (Covid) aqui em Jerusalém. Eu me cuido muito, não sei como peguei. No sábado, fiquei com febre alta e dor de garganta — disse ele em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira.

Com o diagnóstico positivo para doença, Neumark relatou que ofereceram a ele o tratamento por meio da pílula.

-- Chamaram-me e falaram que eu seria o primeiro, não tem muito teste, mas sim uma autorização de emergência. Para mim, compensava dado o que eu tava sentindo. Era febre muito alta, uma dor de garganta muito forte. Eu tinha medo de ter que acabar no hospital, como a maior parte dos casos que não está vacinado — disse Neumark.

Ao todo, são seis comprimidos por dia, sendo três no período da manhã e três de tarde. De acordo com o economista, os sintomas da Covid desapareceram depois de 15 horas da ingestão do medicamento.

— No meu caso clínico, em questão de 15 horas houve uma melhora muito grande. Eu estava com febre de 39.5ºC, que parou; uma dor de garganta forte, que parou, e as enxaquecas pararam. Eu sinto um cansaço, como se fosse uma (recuperação) pós-gripe — afirmou o brasileiro.

Paxlovid é um remédio antiviral desenvolvido pela farmacêutica Pfizer. Em caráter experimental, o medicamento atua como inibidor de uma enzima que o coronavírus precisa para se reproduzir.

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