Ciência

Brasileiro de 17 anos conquista ouro na Olimpíada de Física

Caio Siqueira, natural de Ribeirão Preto (SP), foi ainda mais longe e atingiu a maior nota em participações do Brasil na história do evento

Por conta da pandemia de covid-19, a competição a ocorreu de forma remota (Redes sociais/Reprodução)

Por conta da pandemia de covid-19, a competição a ocorreu de forma remota (Redes sociais/Reprodução)

Um jovem brasileiro de 17 anos trouxe mais um ouro olímpico para casa. E ele nem foi para Tóquio e muito menos faz parte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Trata-se da Olimpíada Internacional de Física (IPhO), considerada uma das competições científicas estudantis mais relevantes do mundo. Pela primeira vez na história, o Brasil consegue a premiação máxima entre os 380 competidores, estudantes de países como China, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.

O jovem Caio Siqueira, de 17 anos, natural de Ribeirão Preto (SP) foi ainda mais longe e atingiu a maior nota em participações do Brasil na história do evento, que é realizado há mais de 50 anos. Embora seja natural do interior paulista, Caio mora em Santo André e estuda no Colégio Objetivo, que já teve outros alunos premiados em Olimpíadas Científicas no passado.

Antes de se consagrar com mais um ouro olímpico para o Brasil, Caio já havia levado o ouro na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências enquanto ainda estava no primeiro ano do ensino médio, aos 15 anos.

Caio também venceu, em 2019, a Olimpíada Brasileira de Física (OBF), da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Com a conquista, o jovem se qualificou para disputar, com cerca de 200 outros estudantes brasileiros, as cinco vagas para a competição internacional — já que cada país participante pode ser representado por até cinco estudantes.

As competições aconteceram entre os dias 17 e 24 de julho, de forma remota, por conta das restrições impostas pela pandemia de covid-19.

Durante os dias da competição, os participantes realizam uma prova teórica, com questões de física quântica, ótica e eletromagnetismo, e outra experimental, em que os competidores trabalharam com circuitos elétricos com capacitores.

Ronaldo Fogo, professor-orientador nos Cursos Especiais de Física do Objetivo, aproveitou a oportunidade para comparar Caio com o mais novo astro olímpico do surfe nacional.

"Na comunidade de olimpíadas científicas, ele foi nosso Ítalo Ferreira", diz o professor.

Brasil também brilha em outras Olimpíadas

Para além dos Jogos de Tóquio, o Brasil vem conquistando um espaço importante nas Olimpíadas Científicas. Na IBO Challenge II, a versão online da tradicional Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, na sigla em inglês), O Brasil conquistou duas medalhas de bronze e duas menções honrosas.

O feito conquistado pelos brasileiros da competição foi o melhor resultado entre todos os países da América Latina e o segundo melhor entre os ibero-americanos, atrás apenas da Espanha.

Os estudantes Érico de Carvalho Leitão Pimentel, do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo, e Lucas Batini Araújo, do Colégio Londrinense, de Londrina (PR), foram premiados com medalhas de bronze. Ambos cursam o segundo ano do ensino médio.

Os outros dois representantes do Brasil, João Pedro Moritz de Carvalho, do Colégio Dante Alighieri, e Matheus Henrique Sicupira Lima, da Escola Técnica Estadual (Etec), ambos de São Paulo, receberam menção honrosa.

Participaram do desafio internacional 304 estudantes de 76 países, que realizaram provas teóricas e teórico-práticas sobre biologia celular, molecular, fisiologia animal, entre outros temas.

Acompanhe tudo sobre:EscolasFísicaJovensOlimpíadas

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus