Bill Gates: bilionário já destinou mais de 300 milhões de dólares para o combate da covid-19 (Mike Cohen/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 5 de junho de 2020 às 18h23.
Última atualização em 5 de junho de 2020 às 18h41.
Em entrevista por telefone na quarta-feira, 3, o bilionário e filantropo Bill Gates fez uma crítica para as pessoas que criam teorias da conspiração contra o uso de vacinas. Conforme reportado pelo Business Insider, para o fundador da Microsoft, “é quase difícil negar essas teorias porque elas são tão estranhas ou estúpidas”, afirmou.
O bilionário cita como exemplo um rumor de que ele mesmo estaria envolvido na produção de vacinas para combater o novo coronavírus e que contariam com microchips que seriam inseridos dentro dos corpos das pessoas como forma de rastreá-las e, até mesmo, controlá-las remotamente. “Eu nunca estive envolvido em nada ligado a microchips”, disse.
O rumor divulgado em diversos sites recheados de teorias da conspiração — e com muitas notícias falsas — pelo menos desde 2019 aponta que Gates pretende colher a “identidade biométrica da população” através dos microchips. O boato é baseado em dados que teriam sido mal interpretados ou mesmo inventados e creditados aos relatórios de organizações como a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês).
Segundo homem mais rico do planeta com fortuna estimada em 111 bilhões de dólares, segundo a Forbes, Gates é um dos bilionários mais atuantes no combate da covid-19. Sua fundação filantrópica, a Bill & Melinda Gates Foundation, destinou 300 milhões de dólares para combater a doença.
Em pelo menos cinco ocasiões ele previu que uma crise de saúde como a enfrentada atualmente poderia ocorrer e há anos ele alerta governos do mundo inteiro sobre os perigos envolvendo uma possível pandemia.
Em 2015, numa conferência do TED Talk, que ocorreu durante a epidemia do ebola (que matou mais de 11.000 pessoas no mundo), Gates afirmou que “se existe alguma coisa que vai matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, provavelmente será um vírus infeccioso e não uma guerra.”
No ano seguinte, em 2016, ele chegou a se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para expressar suas preocupações em relação aos impactos que uma nova epidemia poderiam causar. Recentemente, ele afirmou que “desejava ter feito mais para chamar a atenção para o perigo.”