Jeff Bezos: O motor BE-7, que a Blue Origin vem desenvolvendo há anos, registrou 1.245 segundos de tempo de teste e dará energia à sonda lunar National Team Human Landing System da empresa (Mario Tama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 6 de dezembro de 2020 às 08h48.
A empresa espacial de Jeff Bezos, Blue Origin, levará a primeira mulher à superfície lunar, disse o bilionário neste sexta-feira, enquanto a NASA se aproxima da decisão de escolher suas primeiras sondas lunares construídas de forma privada capazes de enviar astronautas à Lua até 2024.
"Este (BE-7) é o motor que levará a primeira mulher à superfície da Lua", disse Bezos em uma postagem no Instagram trazendo um vídeo do teste de motor feito nesta semana no Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama.
O motor BE-7, que a Blue Origin vem desenvolvendo há anos, registrou 1.245 segundos de tempo de teste e dará energia à sonda lunar National Team Human Landing System da empresa.
A Blue Origin chefia uma "equipe nacional" contratada e montada em 2019 para ajudar a construir sua sonda Blue Moon. Essa equipe inclui empresas como Lockheed Martin, Northrop Grumman e Draper.
A Blue Origin disputou e ganhou contratos lucrativos do governo nos últimos anos e está competindo com a SpaceX, do bilionário rival Elon Musk, e com a Dynetics, de propriedade da Leidos Holdings, para ganhar um contrato para construir o próximo sistema de pouso humano lunar da NASA que irá transportar humanos à Lua na próxima década.
Em abril, a NASA concedeu um contrato de desenvolvimento de um módulo lunar para a equipe da Blue Origin no valor de 579 milhões de dólares, bem como duas outras empresas: a SpaceX, que recebeu 135 milhões de dólares para ajudar a desenvolver seu sistema Starship e a Dynetics, que ganhou 253 milhões de dólares.
A NASA deve escolher duas das três empresas "no início de março" de 2021 para continuar construindo seus protótipos de aterrissagem para missões tripuladas à Lua a partir de 2024, disse um porta-voz da agência.
No entanto, os escassos fundos destinados para os sistemas de aterrissagem disponibilizados pelo Congresso à NASA, bem como a incerteza sobre as visões do próximo governo Biden a respeito do tema exploração espacial, ameaçam atrasar a decisão da NASA em promover os contratos dos pousadores lunares.