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Asteroide YR4 ainda vai cair na Terra? Saiba o que a Nasa diz

A Nasa e a ESA confirmaram que o asteroide não representa perigo para o planeta após novas observações

Near-Earth asteroid, computer artwork.

Near-Earth asteroid, computer artwork.

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 26 de fevereiro de 2025 às 11h43.

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Recentemente, o asteroide 2024 YR4 chamou a atenção da comunidade científica devido à sua potencial ameaça à Terra.

Mas, antes que um bunker comece a ser procurado, a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) têm boas notícias: após uma série de observações e cálculos precisos, a possibilidade de impacto foi descartada.

O que se sabe sobre o asteroide?

O asteroide tem um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros, o que é suficiente para causar danos significativos em caso de colisão com uma área densamente habitada. Seu impacto poderia ser comparável a 500 vezes a força da bomba nuclear de Hiroshima.

Quando foi descoberto, o asteroide apresentou uma chance de impacto de cerca de 1% em 2032. Essa probabilidade subiu para 3,1% em um momento, tornando-o o asteroide com o maior risco de colisão já registrado para um objeto desse porte.

Com novas observações, as chances de impacto caíram drasticamente. Atualmente, a Nasa estima que a probabilidade de colisão é de apenas 0,0017%, ou 1 em 59.000. A ESA também tem uma avaliação semelhante, indicando que o risco é extremamente baixo.

Por que o risco diminuiu?

A redução significativa no risco de impacto se deve ao acúmulo de dados adicionais sobre a trajetória do asteroide.

Conforme mais observações são feitas, os cientistas conseguem refinar os modelos de órbita, diminuindo as incertezas e reduzindo a probabilidade de colisão.

Esse padrão é comum em asteroides que inicialmente apresentam um alto risco, mas que geralmente diminuem à medida que mais informações são coletadas.

O Projeto DART: um passo à frente na defesa espacial

A Nasa está à frente nessa corrida contra o tempo com o projeto DART (Double Asteroid Redirection Test). Em 2022, a agência investiu cerca de US$ 324,5 milhões (aproximadamente R$ 1,87 bilhão) em um experimento inovador que desviou a órbita de dois asteroides, Dimorphos e Didymos.

Embora esses asteroides não representassem risco para a Terra, o sucesso do teste demonstra que a técnica de deflexão por impacto cinético pode ser usada em situações reais de ameaça espacial, oferecendo uma poderosa ferramenta para proteger nosso planeta.

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