Vacina: ações da Moderna subiram mais de 30% com resultados dos testes (iStock/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 20 de julho de 2020 às 12h57.
Última atualização em 24 de julho de 2020 às 19h33.
Três vacinas tiveram resultados promissores anunciados nesta segunda-feira (20), quase oito meses depois de a humanidade conhecer o novo coronavírus. Os projetos se mostraram seguros e também geraram resposta imunológica contra o vírus causador da covid-19. O feito foi atingido pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, pelo Instituto de Biotecnologia de Pequim e pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech.
Com isso, estamos livres da ameaça de saúde pública que assola o mundo em 2020 e já causou cerca de 80 mil mortes no Brasil? Por ora, a resposta ainda é a mesma de sempre: não.
Apesar do avanço significativo e promissor das três vacinas, ainda resta uma etapa importante e crucial para que seja declarado o fim da pandemia. Além do problema da produção e da distribuição de tais vacinas, elas ainda precisam se mostrar eficazes para gerar uma resposta imunológica protetora contra a infecção do novo coronavírus no corpo humano.
Atila Iamarino, doutor em microbiologia e divulgador científico, afirmou que as novidades anunciadas hoje já eram conhecidas.
"Estou ciente da publicação da vacina da vacina de Oxford. Mas é a confirmação do que já foi noticiado, que é segura e desperta resposta imune. Tanto já era sabido que por isso puderam vir pro Brasil. O passo importante é o próximo: se a imunidade é protetora", escreveu Iamarino em seu perfil no Twitter.
Com isso, as medidas de proteção, como o uso de máscaras, e o distanciamento social ainda precisam ser mantidos. A verdadeira comemoração sobre a criação de uma vacina deve ficar para o futuro, quando soubermos que a imunidade protetora realmente é desenvolvida após a aplicação de uma vacina contra o novo coronavírus.