Ciência

Agência quer criar alimentos no espaço para astronautas

Atualmente, as tripulações da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) devem ser reabastecidas a partir da Terra

Astronauta: o programa conta com a colaboração de 11 países e pretende aperfeiçoar um sistema de suporte de vida renovável (Getty Images/Getty Images)

Astronauta: o programa conta com a colaboração de 11 países e pretende aperfeiçoar um sistema de suporte de vida renovável (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 16h27.

Paris - A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) está trabalhando atualmente em um protótipo inovador nas instalações da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, cuja meta é criar a alimentação necessária para uma estadia indefinida dos astronautas no espaço.

Trata-se do projeto piloto do Sistema Alternativo de Suporte Microecológico para a Vida da ESA (MELiSSA), que consiste na criação de "um miniecossistema isolado em uma caixa de vidro", disse a agência europeia em comunicado.

Atualmente, as tripulações da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) devem ser reabastecidas a partir da Terra, mas na medida em que os astronautas se distanciam do planeta, "este tipo de abastecimento deixará de ser viável".

Por isso, os testes do projeto MELiSSA buscam desenvolver um "sistema de suporte vital autossustentável, cujo objetivo é permitir a sobrevivência humana no espaço de forma indefinida".

O programa conta com a colaboração de 11 países e pretende aperfeiçoar um sistema de suporte de vida renovável, que possa fornecer aos astronautas "o oxigênio, a água e os alimentos necessários".

O protótipo abriga um circuito com vários compartimentos, um biorreator alimentado por luz e um cultivo de algas produtoras de oxigênio, que mantêm durante meses vivos e confortáveis os três ratos que formam a 'tripulação'.

"Enquanto as algas produzem oxigênio e consumem dióxido de carbono, os ratos fazem exatamente o contrário", disse a ESA.

A agência europeia afirmou que uma série de especialistas devem se reunir em maio para falar sobre o projeto MELiSSA.

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