(Site Exame)
Victor Caputo
Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 05h55.
Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 05h55.
São Paulo – 2016 foi palco de grandes descobertas dentro da ciência. Uma importante para o Brasil foi o fim do desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. O resultado do trabalho do laboratório Sanofi Pasteur começou a ser comercializado neste ano.
Além do campo da saúde, grandes descobertas e projetos marcaram o ano no espaço. A sonda Juno chegou a Júpiter depois de viajar bilhões de quilômetros. Cientistas fizeram uma descoberta que deve facilitar as buscas por vida dentro do sistema solar. Finalmente uma teoria do físico Albert Einstein foi comprovada. Cientistas captaram pela primeira vez as ondas gravitacionais.
Veja a seguir algumas das descobertas mais importantes na ciência em 2016.
Uma esperança na luta contra a dengue chegou em 2016. O laboratório Sanofi Pasteur começou a comercializar uma vacina que pode proteger uma parcela da população contra a doença. A vacina tem eficácia global de 66%–ela é especialmente indicada para pessoas entre nove e 45 anos por conta de uma eficácia maior.
Em junho deste ano, protegida por um cofre de titânio, Juno começou a orbitar Júpiter. A missão da Nasa tem como objetivo fundamental obter novas informações sobre as origens do universo. Entender como o maior planeta do nosso sistema se formou é, ao mesmo tempo, entender como nosso planeta começou. Antes de orbitar o gigante de gás, a sonda viajou por quase cinco anos e percorreu 2,7 bilhões de quilômetros no espaço.
Pela primeira vez, cientistas foram capazes de conceber um bebê (in vitro) gerado combinando DNA de três pessoas—foram duas mulheres e um homem. A técnica serve para evitar que uma criança nasça com problemas genéticos vindos de um dos progenitores. No primeiro caso da história, os cientistas fizeram isso para evitar que a criança nascesse com Síndrome de Leigh, uma enfermidade neurológica e hereditária.
Previstas por Albert Einstein em sua Teoria Geral da Relatividade, as ondas gravitacionais puderam ser observadas pela primeira vez na história. A descoberta traz novas possibilidades a astrônomos e astrofísicos. Perguntas sobre o momento do início do universo ou sobre a sua evolução podem ganhar nos olhares nas buscas por respostas. Para Stephen Hawking, a descoberta abre uma porta para “uma nova forma de olhar o universo”.
Com capacidade de 360 TB, tecnologia de cinco dimensões e vida útil de 14 bilhões de anos, neste ano podemos ter visto o futuro da guarda de dados. Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, criaram uma técnica que permite que dados sejam armazenados em um disco de vidro por um longo período de tempo. Os dados são gravados a laser. Alguns já foram produzidos em caráter de testes.
Uma pesquisa realizada ao longo dos últimos 15 anos descobriu que o universo tem muito mais galáxias do que pensávamos. A estimativa anterior, de 100 bilhões, pode ser superada em até 20 vezes. O trabalho ainda ajudará cientistas a entender a expansão do universo e, quem sabe, ajudar a entender as origens de todas as galáxias.
Uma das 67 luas de Júpiter, Europa, tem colunas de vapor d’água em sua superfície. A descoberta sacudiu o mundo da ciência. Para cientistas, a lua é um dos locais com maiores chances de encontrarmos vida dentro do sistema solar. A descoberta facilitará a exploração do planeta. A Nasa espera que não seja mais necessário perfurar quilômetros e quilômetros de gelo em uma eventual missão no satélite.