Ciência

Maioria dos enfermeiros recuperados da covid-19 ainda sente fadiga

Estudo irlandês ainda aponta que 91% continuam a apresentar ainda outros sintomas do SARS-CoV-2

 (Diego Vara/Agência Brasil)

(Diego Vara/Agência Brasil)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 6 de agosto de 2020 às 08h49.

Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 15h17.

Dois terços dos enfermeiros que contraíram o novo coronavírus em algum momento desde o início da pandemia continuam sentindo alguns dos sintomas mesmo após terem se recuperado, como é o caso da fadiga.

Um estudo feito pelo Irish Nurses and Midwives Organisation (INMO), da Irlanda, aponta que dos 545 profissionais de saúde que participaram da pesquisa, 65% continuam a se sentir fatigados, um dos principais sintomas da covid-19.

Outros 91% afirmaram que continuam a apresentar ainda outros sintomas do SARS-CoV-2, como problemas com a saúde mental, dores de cabeça e problemas respiratórios.

 

Os enfermeiros também citaram que continuam a sentir outros sintomas da doença, como ansiedade, tontura, febre recorrente e palpitação, mesmo meses após a recuperação do vírus.

Isso pode indicar que as pessoas, mesmo fora da área da saúde, podem continuar sendo afetadas pelo vírus mesmo meses após o contágio. Existem relatos, inclusive, de indivíduos sem doenças prévias que até o momento não se viram 100% livres dos sintomas da covid-19.

O INMO também aponta que para 81% de 7 mil enfermeiros, tendo contraído ou não a covid-19, trabalhar na área de saúde durante a pandemia impactou diretamente a saúde mental deles.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoenças

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus