Fumar (iStock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 21h20.
Um em cada quatro homens e uma a cada 20 mulheres sofrem com o vício em cigarro – segundo dados de 2015, o total de pessoas que fumam diariamente está na casa de 1 bilhão.
Essa alta adesão ajuda a escancarar a letalidade do cigarro: estima-se que o hábito seja responsável por uma em cada dez mortes no mundo, tirando 7 milhões de vidas anualmente. No Brasil, país que tem 18 milhões de fumantes, o fumo faz 156 mil vítimas todos os anos.
Dizer que fumar faz mal à saúde é chover no molhado. Além dos números falarem por si, todo mundo tem um familiar ou conhecido que já sofreu com os problemas decorrentes do vício.
Na literatura científica, porém, outros hábitos nada saudáveis já foram apontados como tão nocivos quanto o cigarro. O site Business Insider reuniu alguns bons exemplos. Vamos a eles.
Tom Jobim já havia cantado a bola de que é impossível ser feliz sozinho. Não é só licença poética: pesquisadores norte-americanos avaliaram dados sobre estilo de vida e saúde de mais de 3 milhões de pessoas, e os resultados mostraram que viver isolado do mundo aumenta em até 32% o risco de morrer prematuramente.
Você, leitor fiel da SUPER, talvez lembre que optar pela reclusão pode ser realmente perigoso – tão ruim quanto fumar 15 cigarros por dia.
Trabalhar sentado dá mais barriga que você imagina. Mas os problemas não param por aí. Além de comprar calças mais largas, quem passa o dia todo na cadeira, sem nem se levantar regularmente para pegar um copo d’água, pode ter saúde digna de fumante.
Cada duas horas a mais sentado aumentam os risco de desenvolver tipos variados de câncer, como o do endométrio e do pulmão – esse último, triste conhecido de quem acumula anos com o maço no bolso.
Para mulheres grávidas, comer junk food no período de gestação pode fazer tão mal ao bebê quanto o uso do cigarro.
E não precisa nem ser mãe para ser impactado por dietas gordurosas ou açucaradas demais: uma pesquisa de 2016 mostrou que abusar do combo hambúrguer + batatinha frita oferece mais riscos a saúde que fatores de risco como álcool, drogas, sexo sem proteção e tabaco combinados (!).
A relação foi apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2015: dormir mal aumenta o risco de doenças cardiovasculares em um ritmo que só o vício em cigarro é capaz de fazer. Mas um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália, foi ainda além.
Seus resultados mostraram que ficar na cama tempo demais também pode pesar na saúde: os fãs de edredom dobram suas chances de desenvolver problemas diabetes tipo 2, doenças cardíacas e obesidade – problemas que vira e mexe, costumam figurar ao lado do cigarro.
Sabe aquele bronzeado bonito, estilo Donald Trump? Persegui-lo a todo custo pode ter um preço letal. Sessões de bronzeamento também são verdadeiros vilões da saúde, e, segundo um estudo de 2014, são responsáveis por mais casos de câncer de pele do que o número de cânceres de pulmão causados pelo cigarro.
Uma campanha de 2013 produzida pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) sebaseou em dados da OMS para cravar: uma sessão de narguilé equivaleria a uma exposição a materiais tóxicos de 100 cigarros.
O problemático uso recreativo do cigarro apareceu também em outro estudo, feito neste ano na Universidade do Estado de Ohio, nos EUA.
Fumar aos fins de semana, por exemplo, se mostrou tão nocivo à saúde quanto a dependência diária. Ou seja: aquela história de fumar “apenas socialmente”, pelo menos para seu corpo, não cola.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante.