Outubro rosa: a campanha busca conscientizar o público sobre o câncer de mama (Margoe Edwards / Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2015 às 20h31.
Outubro é o mês da conscientização sobre o câncer de mama, e vencer a doença vai exigir muito mais que usar roupas cor-de-rosa. Em um debate batizado de "Conversation for the Cure", patrocinado pela revista Glamour e pela Ann Taylor, os participantes discutiram a importância do financiamento das pesquisas de consciência sobre a doença. Eis o que aprendemos:
Apesar de sabermos mais sobre o câncer de mama a cada ano que passa, uma em cada nove mulheres que vivem até os 95 anos serão diagnosticadas com a doença.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres americanas, com cerca de 230 mil novos diagnósticos anuais no país. Estima-se que 40 mil americanas morrerão de câncer de mama este ano.
Estima-se que 1 em cada 1.000 homens serão diagnosticados com câncer de mama.
Os homens tendem a duvidar que um caroço no peito possa ser câncer e por isso demoram mais para procurar um médico. Para mudar essa situação, homens que sofreram da doença têm vindo a público para alertar sobre o risco. O documentário “Times Like These” conta histórias de homens que têm câncer de mama. E a série de fotografias The Scar Project: Male Breast Câncer que mostra que a doença, de fato, também deixa cicatrizes em homens.
Pesquise a fundação ou instituição de caridade para a qual você considera fazer uma doação e certifique-se de que ela está alinhada com os seus objetivos. Seu objetivo é contribuir para pesquisas que encontrem uma cura ou apoiar mulheres e famílias que lidam com a doença? Quanto do dinheiro doado efetivamente será dirigido para essas metas? Sites como Charity Watch e Charity Navigator ajudam na hora de fazer a escolha.
Mayra Biblowit, presidente da Breast Cancer Research Foundation (BCRF), disse ao Huffington Post que “o que nos separa da cura [do câncer de mama] é simplesmente o financiamento”. Portanto, garantir que as doações de fato cheguem aos pesquisadores é uma das coisas mais importantes que os doadores podem fazer.
A BCRF se orgulha de sua eficiência nos financiamentos: 91 centavos de cada dólar são investidos em pesquisas e programas de conscientização.
É tentador apoiar as campanhas corporativas comprando produtos que fazem parte do esforço de conscientização, mas saiba que algumas empresas falam só da boca para fora. A empresa de exploração de gás natural Baker Hughes recentemente fez uma parceria com Susan G. Komen para vender 1 000 brocas cor-de-rosa como “um lembrete da importância de apoiar pesquisas, tratamentos, triagens e educação para ajudar a encontrar uma cura para a doença” -- mas a empresa não mencionu a ligação entre sua atividade e o câncer. Além disso, uma reportagem recente mostrou que a campanha “Pink October”, da NFL, a liga profissional de futebol americano, na verdade não levanta fundos para pesquisas.
Por outro lado, empresas como Land’s End e Ann Taylor (que já conseguiu quase 18 milhões de dólares em doações para a BCRF desde 2005 são explícitas sobre o destino dos recursos que levantam. Se você considera apoiar uma campanha corporativa, procure aquelas que especifiquem quanto do valor da sua compra vai ser repassado para pesquisas em busca da cura.
Nancy Lin, oncologista e pesquisadora de câncer de mama, incentiva as mulheres a saber se há histórico de câncer de mama e de ovário em suas famílias. Outras informações, como densidade do seio e testes genéticos, podem ser instrumentais na prevenção e no tratamento do câncer de mama. Tanto Lin quando sua colega de painel Samantha Harris, apresentadora de TV e sobrevivente da doença, ressaltaram a importância do autoexame e da autoconfiança, mesmo que os médicos digam o contrário.
Harris foi a três médicos antes de ter seu câncer diagnosticado. “Você conhece seu corpo melhor do que qualquer médico”, disse ela. “Confie no seu discernimento e no seu corpo", completa.