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5 coisas que a ciência já descobriu sobre o protetor solar

Você passa protetor o suficiente? Ele provoca ou protege contra o câncer? Saiba tudo sobre o protetor solar para curtir o sol com saúde

. (Juan Aunion / EyeEm/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 27 de dezembro de 2018 às 05h55.

São Paulo – O verão chegou e, com ele, uma série de dúvidas e mitos sobre o protetor solar podem aparecer nas suas conversas nestas férias. Vale a pena comprar protetor fator 60? Quanto protetor eu devo passar? O que é melanoma? Separamos alguns estudos científicos e opiniões de especialistas em dermatologia para solucionar as principais dúvidas sobre o produto. Confira a seguir.

Protetor solar causa câncer de pele?

Não. De acordo com Dr. Jennifer Lin, professor-assistente de dermatologia da Harvard Medical School e co-diretor da clínica de prevenção ao câncer de Brigham, as conclusões de que o produto causa câncer são de estudos incorretos em que os indivíduos que usaram o protetor já tinham um grande risco de desenvolver a doença."Foi a grande exposição ao sol, não o protetor solar, que elevou o risco de câncer de pele", afirmou Lin, ao Instituto do Câncer do Reino Unido.

O que a ciência ainda não sabe é se o oxibenzona, encontrado em protetores solares, labiais e cremes, pode ser prejudicial ao corpo humano. Ele absorve os raios UVA e UVB para proteger a pele do sol. Poucos estudos demonstraram que a oxibenzona pode causar pequenas alterações nas células humanas em laboratório, usando uma placa de Petri. Ainda assim, não há evidências que liguem o composto ao câncer, como indica Canadian Cancer Society.

Muito pelo contrário

Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública da Universidade of Sydney e do Instituto Melanoma da Austrália aponta que o protetor solar pode nos proteger contra o melanoma, um tipo comum e câncer de pele.

O estudo analisou australianos com idades entre 18 e 40 anos que usaram regularmente protetor solar na infância. O achado foi que essas pessoas tinham reduzido o risco de desenvolver melanoma em 40%, em comparação com as pessoas que usavam o produto raramente.

Publicado no periódico JAMA Dermatology, o estudo foi o primeiro a avaliar o risco do melanoma em pessoas com menos de 40 anos de idade. Foram coletados dados de cerca de 1.700 pessoas que participaram do estudo familiar australiano do melanoma.

O levantamento também indicou que homens, pessoas com baixo nível de educação formal, pessoas mais velhas ou que têm menor propensão às queimaduras solares tendem a usar menos o protetor do que as mulheres jovens.

Protetor ajuda e prevenir envelhecimento

Quem usa o protetor solar regularmente tem menos chances de apresentar sinais de envelhecimento cutâneo. Foi isso que concluiu uma pesquisa australiana de 2013, publicada no Annals of Internal Medicine.

Ao usar diariamente o produto, as pessoas têm 24% menos chances de apresentar o envelhecimento visível da pele. Mesmo em pessoas com 40 anos, os efeitos benéficos foram detectados no estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Queensland e liderado pela professora Adele Green. Ao longo de quatro anos e meio, a pesquisa coletou dados de 903 pessoas com idades de até 55 anos.

Maioria das pessoas não aplica direito

A maioria das pessoas não passa protetor solar do jeito certo, o que implica em uma proteção de apenas 40% da capacidade do produto. Foi isso que indicou uma pesquisa publicada neste ano no periódico Acta Dermato Venereologica.

Por isso, os pesquisadores indicam que é melhor usar um protetor de fatoração maior do que a que você usa atualmente. O ideal seria aplicar dois miligramas do produto a cada centímetro quadrado.

E isso adianta?

Sim. Usar protetores solares com fatoração mais alta, mesmo acima de 50, oferecem maior proteção à pele. É isso que indica um estudo recente publicado no Journal of the American Academy of Dermatology.

Em um teste feito com cerca de 200 pessoas, os pesquisadores concluíram que o protetor com fatoração acima de 50 pode ser melhor para proteger a pele do sol. Em 2011, a FDA, uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos, afirmou que não havia provas de que os produtos com proteção acima de 50 tivessem benefícios clínicos. Agora, o estudo, publicado neste ano, diz o contrário.

Especialistas indicam o uso de protetor solar de 10 a 15 minutos antes da exposição ao sol. O tempo de reaplicação varia conforme o quanto você permanecer sob o sol, mas a média é a cada uma hora e meia. Pronto? Pode curtir a praia ou a piscina sem dúvidas.

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