Desafio: competidores tiveram que criar um drinque com o gim Tanqueray N° TEN, um dos mais renomados do portfólio da Diageo (Rubens Kato/Divulgação)
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Publicado em 25 de abril de 2021 às 12h00.
Última atualização em 26 de abril de 2021 às 18h24.
Técnica, paladar afiado, agilidade, criatividade, disciplina... A lista de ingredientes dos quais um grande bartender não pode abrir mão é extensa. E ela fica evidente ao longo da maior competição de coquetelaria do mundo, o World Class, organizado pela Diageo, líder mundial em bebidas alcoólicas Premium. Acompanhe aqui o anúncio do vencedor. Ao todo, dez profissionais disputaram o título de Melhor Bartender do Brasil. O evento foi apresentado pelo bartender embaixador do World Class Brasil Kennedy Nascimento com comentários de Ivan Padilla, editor-chefe da Casual.
Três deles são ligados a empreendimentos paulistanos — Ana Paula Ulrich ao Palácio Tangará; Jairo Gama ao Vista e ao Obelisco; e Ricardo Antonio Fuenzalida Peña ao Cocktail Channel. Já Ricardo Barrero é embaixador da London Essence. Outros três mixologistas representam estabelecimentos situados em outras cidades do estado — Cristiano Rodrigues Faria atua no Origem 75, em Vinhedo; Marco 'Padim' Ruiz no Amiiici Lounge, em Sorocaba; e Ricardo Alexandre Leal de Souza no Cinza Company, em Santos. Fecham a lista Benício Calaça, que comanda o Zimbro Bar, em Goiânia; Bianca Lima, do Wills Bar, em Porto Alegre; e Gustavo Lima Guedes, do SouthSide, em Brasília.
Para disputar a grande final e se tornar o grande campeão, foi preciso vencer dois desafios. O primeiro deles: elaborar um menu com, no mínimo, sete coquetéis surpreendentes, mas apresentar somente um aos jurados, que degustaram todos os drinks na quarta-feira, 21, em São Paulo, com todas as criações dos dez competidores reproduzidas por grandes nomes da coquetelaria brasileira, como Gabriel Santana (campeão do World Class Brasil 2019) e Laércio Zulu (campeão do World Class Brasil 2014), em uma etapa adaptada para o atual momento do país. A segunda missão: criar um drinque com o gim Tanqueray N° TEN, um dos mais renomados do portfólio da Diageo. Mas com uma condição: exaltar os botânicos da bebida.
Conheça as criações assinadas por cada um dos desafiantes ao título de Melhor Bartender do Brasil.
Para o desafio envolvendo Tanqueray N° TEN, ela criou o drinque Solasta. Leva 50 ml do gim, 20 ml de "blend solar", uma mistura de vermute, Jerez e camomila, 10 ml de bitter bianco, 5 ml de licor de damasco e oito gotas de azeite. Para decorar, zest de laranja. O drinque é resfriado no mixing glass e servido sem gelo numa taça coupette. O Jardim de Luca, um dos coquetéis criados para o outro desafio, mistura vodca Ketel One, óleo saccharum de abacaxi e soda de aloe e vera.
Seed Martini. Eis o nome do coquetel que o bartender criou com Tanqueray N° TEN. Para prepará-lo é preciso usar 60 ml do gim e 30 ml de Jerez no qual Calaça macerou sementes de coentro. Já o drinque selecionado por ele no outro desafio é o Wabi-Sabi. Combina 50 ml de tequila Don Julio Blanco incrementada com óleo de coco, 15 ml de vermute seco francês e 25 ml de shrub de manga. É servido com um belo gelo cristalino.
Batido e com coagem dupla, o Legendary Journey é servido numa taça coupé previamente resfriada e decorado com uma flor amarela comestível. Os ingredientes são: 60 ml de Tanqueray N° TEN, 15 ml de mel diluído em água, 22,5 ml de suco de grapefruit e 30 ml de um blend feito de folhas de coentro, flor de macela e erva mate. Outra das criações que a bartender fez com o World Class Brasil em mente ganhou o nome de Andarilho da Floresta. Junta 45 ml de Johnnie Walker Black Label, 22,5 ml de um blend feito de chá e 15 ml de vinho moscatel.
São 50 ml de Johnnie Walker Black Label, 15 ml de cordial de gengibre e 100 ml de água tônica. Com os três ingredientes, o bartender do restaurante Origem 75 criou o The Old Highland. O drinque que bolou para o desafio envolvendo o Tanqueray N° TEN leva 60 ml da bebida, 20 ml de vinho branco feito com a uva gewürztraminer e 15 mil de óleo saccharum de limão Taiti com camomila. Ganhou o nome de Jornada.
Um dos drinques que ele inventou para o desafio do menu é uma variação do clássico Vieux Carré. O dele, porém, chama Satchmo Vieux Carré. Combina 55 ml de rum Zacapa 23, 25 ml de licores de ervas, 2,5 ml de xarope e dois dashes de bitters diferentes. O coquetel preparado com Tanqueray N° TEN ganhou o nome de Do Quintal. São 50 ml do gim, 40 ml de Jerez com infusão de folhas de limão, 20 ml de bitter bianco, 2,5 ml de óleo saccharum de limão Taiti e dois dashes de bitter salino de aipo.
A sofisticada criação do mandachuva do Amiiici Lounge com o gim premium da Diageo chama Jack London Fizz. Você vai precisar de 45 ml de Tanqueray N° TEN, 15 ml de vermute seco, 30 ml de xarope de coentro, 15 ml de suco de grapefruit e 30 ml de soda de tomate — sim, você leu certo. Um dos drinques criados para o outro desafio, o Batchan, mistura 30 ml da tequila Don Julio Blanco, e o mesmo tanto de saquê e de cordial de beterraba e shitake, além de 15 ml de suco de limão Taiti.
Como se prepara um Corazon Latino, o drinque que ajudou a colocar Peña na final do World Class Brasil? Com 50 ml de Tanqueray N° TEN, 15 ml de xarope de camomila, 30 ml de suco de grapefruit, 40 ml de água com gás e dois dashes de bitter de laranja. Outro dos drinques criados pelo bartender é o Tiki Tikal. Leva 50 ml de rum Zacapa 23, 30 ml de purê de abacaxi grelhado, 15 ml de xarope de castanha-do-pará, 10 ml de licor de laranja e dois dashes de um bitter bem aromático.
Servido na chamada taça bossa nova, o Sterna é preparado por Gama com 60 ml de Tanqueray N° TEN, 40 ml de suco de limão com mel clarificado e 20 ml de vermute seco. Tom Jobim e companhia certamente aprovariam. Outro dos drinques que ajudaram o bartender à chegar à final é o Pajé, união de rum Zacapa 23 (60 ml), cordial de maracujá com limão (40 ml) e caxiri, uma bebida indígena (20 ml).
Sinestesia. Um coquetel com um nome desses promete. Foi criado pelo bartender Ricardo Alexandre Leal de Souza com 60 ml de uísque Johnnie Walker Black Label, 70 ml de infusão de flor de borboleta, pó de beterraba e limoncello, e 20 ml de licor de ervas. Com o Tanqueray N° TEN ele criou o Sensorial. É feito com 50 ml da bebida, 10 ml de Jerez e 50 ml de suco de limão siciliano levemente clarificado.
Os nomes dos drinques que ele submeteu ao World Class Brasil para chegar à final são pura poesia: Invisible Lady e Hidden Rainbow. O primeiro junta 45 ml de Tanqueray N° TEN, 40 ml de vinho riesling, 20 ml de licor de laranja, quatro dashes de bitter de laranja e duas borrifadas de essência floral. O segundo coquetel combina 45 ml de rum Zacapa 23, 20 ml de conhaque, 20 ml de vinho, quatro dashes de bitter de laranja e mais quatro de bitter de laranja.
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