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Voo de 20 horas está a caminho e pode ter academia e beliches

Voo sem escalas de Sidney para Londres, que dará meia volta no planeta, está nos planos da Qantas Airways

Avião: Voopter é a primeira brasileira a fazer parte da lista (ipopba/Thinkstock)

Avião: Voopter é a primeira brasileira a fazer parte da lista (ipopba/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 16h48.

A meta de ter um voo sem escalas de Sidney para Londres - dando meia-volta no planeta - deu um passo adiante quando as maiores fabricantes de aviões do mundo convenceram a Qantas Airways de que podem transformar a rota de 20 horas em realidade.

Um ano depois de desafiar publicamente a Boeing e a Airbus a projetarem um avião capaz de fazer um voo direto viável de Sidney a Londres ou Nova York, o CEO da Qantas, Alan Joyce, afirma que elas conseguiram.

“No momento estamos tranquilos porque achamos que temos veículos capazes de fazer isso”, disse Joyce, em entrevista no escritório central da Qantas em Sidney.

O Project Sunrise, como a Qantas o chama, envolve a configuração de uma aeronave para que possa transportar cerca de 300 passageiros com bagagens por uma distância maior do que a de qualquer serviço regular até o momento, com combustível disponível para ventos contrários imprevistos e emergências. Se as primeiras rotas provarem que são viáveis em 2022, podem surgir posteriormente conexões diretas de grandes cidades das Américas, da Europa e da África para a Austrália.

A Qantas e as fabricantes sonham com interiores de cabines equipados para que os passageiros sobrevivam a esses voos maratônicos. Há espaço para incorporar beliches, creches e até mesmo um lugar para exercícios, disse Joyce.

“Estamos nos desafiando a pensar com originalidade”, disse. “Seria possível ter espaço para outras atividades -- academia, bar, creche, áreas de dormir e leitos? A Boeing e a Airbus têm sido bastante criativas em termos de ideias.”

A Qantas estuda o Airbus A350 de longo curso em comparação com o Boeing 777X e executivos de ambas as fabricantes voaram para Sidney para fazer apresentações. Joyce planeja fazer um pedido no ano que vem e diz que nenhum fornecedor está em vantagem. A competição pelo contrato poderia ajudar a Qantas a conseguir o design e o preço que deseja.

“Estamos analisando todas as opções para atender os requisitos do Project Sunrise, mas não podemos comentar os detalhes de nossas discussões com a Qantas”, afirmou a Airbus, por e-mail. A Boeing afirmou: “Estamos confiantes de que podemos atender aos requisitos do cliente em termos de autonomia e capacidade.”

Em abril, a Airbus exibiu uma ideia futurista quando revelou em uma exposição em Hamburgo os módulos de sono que a empresa poderia instalar nos compartimentos de carga das aeronaves. Os berços inicialmente serão disponibilizados no modelo A330 a partir de 2020 e possivelmente também no A350, informou a empresa.

O plano ambicioso de Joyce surge após o plano de três anos que recuperou uma empresa aérea nacional que estava praticamente de joelhos. Ele busca construir uma malha sem precedentes de rotas superlongas justamente no momento em que o notório ciclo de altos e baixos do setor parece apontar um declínio.

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