Vinho: Brasil ficou de fora da lista dos 50 melhores vinhedos. (Photo by Rafa Elias/Getty Images)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 21 de julho de 2023 às 16h31.
Última atualização em 24 de julho de 2023 às 10h10.
A argentina Catena Zapata, de Mendoza, foi eleita a melhor vinícola do mundo em 2023, pelo ranking World's Best Vineyards, considerado o 'Oscar' dos vinhos. O prêmio foi anunciado em um evento realizado na Espanha, no dia 12 de julho. Na lista de 2022, o vinhedo tinha ficado em nono lugar. O Brasil ficou de fora.
O ranking é divido em duas partes: os 50 melhores, e um segundo bloco com as posições 51 a 100. O modelo apresentado é similar aos 50 Melhores Restaurantes do Mundo. Nesta edição, o Antinori nel Chianti Classico (Marchesi Antinori), eleito o melhor do mundo no ano passado, entrou para o Hall da Fama das Melhores Vinícolas do Mundo, reservado para os vinhedos que alcançaram o topo da lista de vencedores.
A Bodegas de los Herederos del Marqués de Riscal, em Rioja, na Espanha, ficou em segundo lugar e foi eleito o principal vinhedo da Europa. A vinícola chilena VIK subiu uma posição e ficou em terceiro, enquanto o vinhedo Creation, na África do Sul, conquistou o quarto lugar e foi nomeado o vencedor geral na categoria africana.
Neste ano, 23 vinhedos são da Europa, com a França representando o maior número geral de vinícolas, com nove no top 50, incluindo as casas de Champagne Maison Ruinart, Bollinger, Billecart-Salmon e Veuve Clicquot. Com mais participantes estreantes do que as edições anteriores, a lista de 2023 também incluiu vinhedos da Hungria, Geórgia e Líbano.
Andrew Reed, diretor executivo de vinho e exposições da William Reed, que organiza o ranking, diz que o objetivo da lista é servir como um guia de enoturismo para os amantes da bebida de Baco. "Descobrimos que os turistas locais e internacionais buscam experiências que ofereçam uma ampla variedade de atividades, e nosso deste ano anfitrião, Rioja, se encaixa perfeitamente nesse perfil, com paisagens deslumbrantes, comida deliciosa e, é claro, vinhos incríveis", diz.
Fundada em 1902 pelo imigrante italiano Nicola Catena, que defendeu a uva Malbec em solo argentino, a Catena Zapata é hoje um centro de estudo da viticultura, com vinhedos chamados de Grand Crus do país. Atualmente, a propriedade é administrada por sua filha Laura, que criou o Instituto Catena de Vinho, desenvolvendo o código de sustentabilidade da Argentina e colaborando com as principais universidades ao redor do mundo para obter o melhor de seus próprios vinhedos.