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Vinhos em lata ambicionam aumentar o consumo da bebida no Brasil

Seduzir novos consumidores é a ordem do dia para quem almeja melhorar a posição do Brasil

Vivant: vinho em lata (Vivant/Divulgação)

Vivant: vinho em lata (Vivant/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 9 de setembro de 2019 às 15h58.

Para quem está habituado a tomar vinho, o consumo médio na bebida no Brasil é sempre motivo de espanto. De acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), nosso consumo per capita é de cerca de dois litros, ou menos de três garrafas. O topo do ranking é ocupado por Portugal, com 54 litros por habitante, seguido da França (51,8 litros) e da Itália (41,5 litros).

Seduzir novos consumidores é a ordem do dia para quem almeja melhorar a posição do Brasil. O lançamento de rótulos mais modernos, as parcerias patrocinadas com influenciadores digitais e a presença em eventos descontraídos são algumas das estratégias adotadas por vinícolas e importadoras para atrair a atenção das gerações mais novas. Lançada em janeiro, a marca de vinhos Vivant pretende cair nas graças dessa turma principalmente em função da embalagem. Seus vinhos são vendidos em latinhas.

Se você não admite vinhos que custam menos de três dígitos ou que não tenham boa pontuação em rankings como o de James Suckling já deve ter engasgado só de pensar em provar um cabernet sauvignon como se fosse uma cerveja pilsen. Leonardo Atherino, um dos sócios da Vivant, teve a ideia da marca durante uma festa para a qual levou uma garrafa de vinho. Segurando ela com uma das mãos e a taça com a outra, cansou de apoiar as duas no chão para cumprimentar os amigos - e passou a saborear a ideia de lançar um produto que resolvesse o problema.

Com mais dois sócios, Alex Homburger e André Nogueira, e o apoio do sommelier Felippe Siqueira, Atherino lançou três variedades de vinho. O tinto mistura cabernet sauvignon e merlot, o branco é feito com a uva chardonnay e o rosé é um blend de syrah com pinot noir. Cada latinha, de 269 mililitros, custa cerca de R$ 16 e pode ser encontrada em mais de 100 pontos de venda nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O kit com as três variedades e uma sacola de plástico para gelá-las custa R$ 58 (loja.vivantwines.com.br). A produção dos vinhos está a cargo da Vinícola Quinta Don Bonifácio, sediada em Caxias do Sul (RS).

Parece ser uma aposta inteligente. Em junho, a AB InBev, dona da Ambev, adquiriu o controle da Swish Beverages. Essa última é proprietária da Babe Wine, conhecida pelos vinhos em latinha. Famosa nas redes sociais - sua garota propaganda é a atriz Emily Ratajkowski -, a marca comercializa um rosé, um pinot grigio e um tinto no formato - os dois primeiros também são vendidos em garrafas. Se a maior fabricante de cervejas do mundo decidiu investir na tendência é porque o potencial dela não é nada desprezível.

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