Recentemente, durante uma visita ao Astor, um tradicional bar em São Paulo, percebi uma tendência crescente – mas ainda pouco difundida – em nossa cultura : a combinação de vinhos com comidinhas de boteco. Esse movimento tem ganhado força, tornando-se mais comum ver vinhos em happy hours e eventos informais. O público brasileiro, tradicionalmente associado à cerveja e à caipirinha em quase todos os bares, está descobrindo a versatilidade e a sofisticação dos vinhos em suas ocasiões cotidianas.
Imagine um bom espumante acompanhando um pastel quentinho e crocante. A leveza e a acidez do espumante equilibram perfeitamente a gordura do pastel, criando uma experiência gastronômica única. Já um vinho rosé, com suas notas frutadas e frescas, harmoniza de forma excelente com um croquete, realçando os sabores da carne e das especiarias. E as opções não param por aí: um vinho verde com bolinho de bacalhau, um tinto leve com espetinho de carne, e até mesmo um vinho do Porto com sobremesas típicas de boteco podem ser ótimas combinações.
Essa harmonização entre vinhos e petiscos de boteco é um reflexo da cultura brasileira, que valoriza a convivência e a alegria de estar junto. A tradicional comida de boteco, conhecida por sua simplicidade e sabor, se alinha perfeitamente com a crescente cultura do vinho no país. Cada vez mais brasileiros estão experimentando e apreciando a diversidade dos vinhos, que não precisa estar restrita a jantares mais formais - pode ser perfeita para um encontro descontraído com amigos.
Mercado do vinho em crescimento
O crescimento da cultura do vinho no Brasil é notável e acelerado. Eventos de degustação, cursos de sommelier, e uma maior oferta de vinhos nacionais e importados são indicadores desse fenômeno. A popularização do vinho está transformando hábitos e criando novas oportunidades de apreciação gastronômica.
Assim, na próxima vez que estiver em um bar ou boteco, considere trocar a cerveja por um vinho. Você pode se surpreender com as combinações possíveis e descobrir um novo mundo de sabores. Afinal, a harmonização entre vinhos e comidinhas de boteco é mais do que uma tendência: é uma celebração do prazer e da cultura gastronômica brasileira.
Bares: invistam em suas cartas de vinho. Procurem especialistas para ajudarem na formatação das melhores opções – o custo não precisa ser um impeditivo, há opções interessantes em várias faixas de preço. Estejam prontos para atender esse público tão crescente e os resultados podem ser surpreendentemente positivos.
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Rafa Costa e Silva: depois de passagem por restaurantes europeus premiados, está no comando do Lasai, o primeiro colocado neste ranking da Casual Exame.
(1º lugar - Lasai (RJ). Apenas dez pessoas por noite têm o privilégio de provar um menu degustação de alta gastronomia (1.150 reais, sem bebida e sem serviço) com o que há de mais fresco no dia.)
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Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio
(2º lugar - Origem (Salvador). Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio.)
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Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano
(3º lugar - A Casa do Porco (SP). Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano)
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4/10
Experiência no Oteque: apenas para 30 pessoas por vez
(4º lugar - Oteque (RJ). A experiência no duas estrelas Michelin custa 945 reais e há a opção de acrescentar a harmonização com os pratos por mais 795 reais.)
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5/10
(5º lugar - Maní (SP). Além dos pratos à la carte, o restaurante tem o superautoral menu degustação (680 reais, sem harmonização) e o menu de três cursos, servido também no jantar por 280 reais, com entrada, prato principal e uma sobremesa, além de um belisquete.)
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6/10
Prato do Nelita: trajetória de sucesso em apenas três anos
(6º lugar - Nelita (SP). A degustação (590 reais), de 11 etapas, é servida apenas no balcão, no jantar, de terça-feira a sábado, e todos os pratos da sequência podem ser pedidos à la carte.)
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7/10
Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante
(7º lugar - Manga (Salvador). Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante.)
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8/10
Luis Filipe Souza, do Evvai: uma estrela pelo Guia Michelin
(8º lugar - Evvai (SP). A sequência de 11 tempos do menu degustação (799 reais, sem harmonização) propõe uma viagem sensorial pelas texturas e contrastes em pratos como a salada de abóbora, o linguini de pupunha e lula “alle vôngole”, que revisita a clássica pasta fredda italiana, e no macio sorvete de cogumelos de Santa Catarina servido com caldo aveludado e quente de galinha d’Angola.)
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9/10
Prato do Fame Osteria: speakeasy à la italiana
(9º lugar - Fame Osteria (SP). O chef Marco Renzetti serve apenas menu degustação de 11 etapas (640 reais), que muda diariamente, com poucas repetições.)
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10/10
Manu Buffara, do Manu: primeiro restaurante do Brasil comandado por uma mulher a servir apenas menu degustação
(10º lugar - Manu (Curitiba). Desde 2011 Manu Buffara comanda o Manu, em Curitiba, o primeiro restaurante do Brasil comandado por uma chef mulher a servir apenas menu degustação — custa 720 reais, sem harmonização.)