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Venda de veículos no Brasil cresce 15% em 2024, melhor número em 18 anos

Crescimento de 14% foi impulsionado por crédito e variedade de modelos, segundo Fenabrave

Fábrica GM em Gravataí (RS): investimento bilionário previsto para os próximos anos. (Divulgação/Divulgação)

Fábrica GM em Gravataí (RS): investimento bilionário previsto para os próximos anos. (Divulgação/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 13h50.

Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 14h19.

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A venda de veículos novos em 2024 atingiu o melhor resultado em 18 anos. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados nesta quarta-feira, 8, foram vendidos 2.484.740 veículos no ano passado, uma alta de 14,02% em relação ao ano anterior. O número considera automóveis e comerciais leves.

Se contabilizados todos os tipos de veículos (incluindo ônibus, caminhões e motos), o total chega a 4.744.179 unidades, representando um crescimento de 15,49% em relação a 2023. Em termos percentuais, foi o melhor desempenho desde 2007, quando o aumento registrado foi de 29%.

De acordo com o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, a oferta de crédito e a variedade de produtos disponíveis foram determinantes para o aumento das vendas. Para este ano, a expectativa é crescer 7% em vendas.

“Acreditamos que as festas de fim de ano, que aconteceram no meio das duas últimas semanas de dezembro, embora os dias 24 e 31 tenham sido considerados úteis, acabaram impactando nas vendas, pois muitas pessoas e empresas estavam em período de recesso, reduzindo, principalmente, as vendas corporativas”, afirmou.

Fiat lidera em vendas

Entre os produtos, o carro mais vendido foi a Fiat Strada, com 144.684 unidades emplacadas. O segundo lugar ficou com o Volkswagen Polo, que superou as 140 mil unidades.
No ranking das marcas, a Fiat obteve a maior participação de mercado, com quase 21%, seguida pela Volkswagen (16,11%) e pela GM (12,68%).

Nas marcas, a Fiat teve a maior participação de mercado, com quase 21%, seguido da Volkswagen (16,11%), e GM, com 12,68%.

Terra dos carros

O setor automotivo teve um papel fundamental na industrialização do Brasil quando, nos anos 1950, o presidente Getúlio Vargas proibiu a importação dos carros inteiros e incentivou a instalação de fábricas por aqui. Agora, o bom momento do segmento, atual e no futuro próximo, pode ter um ingrediente geo­político. O crescente interesse das montadoras chinesas pelo Brasil deve se intensificar com a política protecionista do novo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, que assumirá em janeiro.

“A Tesla tem um acordo com a BYD sobre o fornecimento de baterias, produzidas na Ásia, mas, se o governo americano se tornar mais hostil, a China pode priorizar sua própria indústria”, explica Milad Kalume Neto, consultor independente do setor automotivo. A supertaxação de veículos chineses nos Estados Unidos pode acelerar a busca por mercados alternativos, com o Brasil se posicionando como um destino prioritário.

“A Tesla tem um acordo com a BYD sobre o fornecimento de baterias, produzidas na Ásia, mas, se o governo americano se tornar mais hostil, a China pode priorizar sua própria indústria”, explica Milad Kalume Neto, consultor independente do setor automotivo. A supertaxação de veículos chineses nos Estados Unidos pode acelerar a busca por mercados alternativos, com o Brasil se posicionando como um destino prioritário.

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