Caso Valieva: Culpados de doping de Valieva devem ser banidos, defendeu entidade. (Rob Schumacher/Reuters)
Reuters
Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 12h20.
Última atualização em 15 de fevereiro de 2022 às 12h38.
A patinadora artística russa Kamila Valieva disse que os dias que antecederam sua liberação para competir na prova individual feminina nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim nesta terça-feira, apesar de ter testado positivo para uma substância proibida, a deixaram emocionalmente cansada.
"Esses [últimos] dias foram muito difíceis para mim", disse a jovem de 15 anos ao Channel One, da Rússia, em suas primeiras declarações sobre a situação.
"É como se eu não tivesse mais nenhuma emoção. Estou feliz, mas ao mesmo tempo estou emocionalmente cansada."
O presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada), Witold Banka, defendeu que as autoridades russas mudem a cultura de doping do país e conduzam uma investigação completa sobre as pessoas do entorno da patinadora artística Kamila Valieva, com os culpados pelo caso de doping que a envolve sendo banidos do esporte por toda vida.
A prodígio de 15 anos foi liberada na segunda-feira para competir em seu próximo evento na Olimpíada de Inverno de Pequim pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) após um teste antidoping positivo em dezembro passado, embora a CAS não tenha se pronunciado sobre o caso de doping em si.
"O doping de crianças é mau e imperdoável, e os médicos, treinadores e outros dirigentes de apoio que forneceram drogas para melhorar o desempenho de menores devem ser banidos para sempre, e pessoalmente também acho que eles deveriam estar na prisão", disse Banka à Reuters na segunda-feira.
O caso está agora nas mãos da Agência Antidoping Russa (Rusada), que deve marcar uma audiência para decidir sobre o destino de Valieva, a favorita para o individual feminino na patinação em Pequim.