Salvador: a energia do Carnaval e a cafeína dos melhores cafés se encontram para dar um sabor especial à sua visita. (Carolina Gehlen/Exame)
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Publicado em 2 de março de 2025 às 07h22.
Você já foi à Bahia, nêga?
“Não? Então vá!
Lá tem vatapá, então vá!
Lá tem caruru, então vá!
Lá tem munguzá, então vá!
Se quiser sambar, então vá!”
Assim começa uma das canções mais conhecidas de Dorival Caymmi, um dos maiores nomes da música brasileira. Sua história – assim como a própria história da música na primeira capital do Brasil – pode ser vista e ouvida na Cidade da Música da Bahia, museu localizado na Praça Visconde de Cayru, ao lado do Mercado Modelo e do Terminal Turístico Náutico.
O edifício, construído entre 1851 e 1855 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1969, já foi hotel e supermercado antes de se tornar, em 2021, a casa de todos os ritmos da Bahia.
Mas Salvador não tem apenas música e dendê. A cidade também tem cafés incríveis para quem quer começar o dia com um espresso ou fazer uma pausa entre um passeio e outro. A seguir, três cafeterias para conhecer – e o que mais fazer nos arredores.
Localizado dentro do Mercado do Rio Vermelho – mais conhecido como Ceasinha –, o Latitude 13 nasceu do desejo de oferecer ao mercado brasileiro cafés especiais produzidos há mais de 20 anos na Chapada Diamantina.
Latitude 13: café especial da Chapada Diamantina e uma pausa saborosa no Mercado do Rio Vermelho. (Carolina Gehlen/Exame)
Os grãos são cultivados de forma sustentável, com plantio de árvores nativas entre os cafezais, recuperação da mata e reuso da água do processamento do café. No espaço, é possível provar diferentes métodos de preparo e levar para casa pacotes em grãos, moídos, cápsulas ou na versão drip coffee.
Mercado do Rio Vermelho: conhecido como Ceasinha, é o lugar ideal para encontrar produtos baianos. (Carolina Gehlen/Exame)
Aproveite para explorar o mercado e descobrir produtos: cocadas, fitinhas do Bonfim, vinhos, vassouras, panos de prato e até bolas de futebol. O Ceasinha é um ótimo lugar para sentir o dia a dia dos moradores locais.
📍 Onde: Mercado do Rio Vermelho – Av. Juracy Magalhães Júnior, 1266, Rio Vermelho
📷 Instagram: @latitude13cafesespeciais
Escondido dentro do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no centro histórico de Salvador, o Mímu Café é um refúgio silencioso no meio do agito da cidade. O espaço é gerido de forma coletiva por mulheres negras e une gastronomia e cultura em um cardápio inspirado na herança afro-brasileira.
Mímu Café: um refúgio dentro do MUNCAB, com cafés e quitutes inspirados na cultura afro-brasileira. (Carolina Gehlen/Exame)
O nome Mímu vem do iorubá e significa “bebida”. No menu, opções como espresso, café coado e prensa francesa acompanham quitutes, como mugunzá, bolo de cuscuz, tapioca e pão de queijo.
Além das delícias servidas ali, o café também vende produtos da agricultura familiar da Bahia, como geleias, biscoitos e pacotes de café. A cada nova exposição do museu, um prato especial é criado para dialogar com a temática em cartaz.
📍 Onde: Muncab – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico
📷 Instagram: @mimucafeteria
Na movimentada Ladeira do Pelourinho, três espaços dedicados à culinária baiana oferecem uma verdadeira imersão nos sabores do estado: o Restaurante Escola Senac, o Museu da Gastronomia Baiana e o Café & Chocolate. No restaurante, há duas opções para quem deseja provar a autêntica comida baiana. Uma delas é o buffet típico com cerca de 40 pratos regionais e 12 sobremesas. Já no Restaurante História & Sabor, o sistema é a quilo, trazendo uma variedade de pratos quentes, saladas e guarnições que mostram a diversidade da gastronomia local.
Na movimentada Ladeira do Pelourinho, três espaços dedicados à culinária baiana oferecem uma verdadeira imersão nos sabores do estado. (Carolina Gehlen/Exame)
Ao lado, o Museu da Gastronomia Baiana, iniciativa do Senac-Bahia, apresenta uma exposição sobre os diferentes sistemas alimentares do estado e suas influências indígenas, africanas e europeias. O espaço ainda conta com mostras temporárias, o Bahia Bar, uma loja-museu chamada Doces & Livros e a Galeria Nelson Daiha, dedicada à art-food.
E para quem não abre mão de um bom café, ao lado do museu e dos restaurantes, fica o Café & Chocolate, um espaço charmoso que celebra o café em diferentes métodos de preparo, como Koar, Hario, Chemex, Kalita, Clever, Prensa Francesa, Aeropress e Presca.
Café & Chocolate: no Pelourinho, um espaço que celebra o café em diferentes métodos e sabores. (Carolina Gehlen/Exame)
O grande destaque do cardápio é o Café Baianinho, feito com espresso, cocada branca e sorvete de creme – uma combinação irresistível que traduz os sabores da Bahia. Com paredes decoradas por imagens, livros e objetos que contam a história do café no Brasil e no mundo, o espaço é perfeito para uma pausa antes de continuar explorando o Pelourinho.
📍 Onde: Largo do Pelourinho, 19, Centro Histórico
📷 Instagram: @senacbahia