Bamboo, um dos novos drinks do Baretto, que combina Jerez fino, carpano classico e bitters (Reprodução/Divulgação)
GabrielJusto
Publicado em 6 de novembro de 2021 às 14h35.
Última atualização em 6 de novembro de 2021 às 14h36.
Com os números da pandemia arrefecendo cada vez mais, estamos cada vez mais à vontade para voltar a frequentar bares e restaurantes. É uma ótima oportunidade, portanto, para visitar espaços que, durante muito tempo, ficaram de portas fechadas, mas agora estão de volta à todo vapor - como o Baretto, o tradicional bar do Hotel Fasano.
Fechado pela pandemia por longos 17 meses, o local reabriu em setembro mesclando a tradição do bom serviço com novos drinques, como o Naked & Famous (R$56), com tequila, aperol, cartreuse amarelo e suco de limão - uma mistura tão refrescante quanto alcoólica, perfeita para abrir a noite.
Antes localizado na Rua Amauri, próximo à Faria Lima, o Baretto mudou de endereço em 2003, quando o Hotel Fasano foi inaugurado na rua homônima, mais no coração do Jardins. Ali, no edifício projetado por Marcio Kogan e Isay Weinfeld, o bar fica em uma discreta portinha lateral na recepção do hotel.
Propositalmente pequeno e cheio de espelhos para criar um clima intimista inspirado em ícones como o hotel Carlyle, em Nova York, o Baretto recebe até 50 pessoas que, sem muvuca e com o conforto da luz baixa e dos assentos de couro, podem curtir pocket shows de cantores brasileiros e estrangeiros, com uma qualidade de som fora do comum.
Pelo palco do Baretto, já passaram artistas como Elza Soares, Caetano Veloso, Maria Rita, Marina Lima, Edu Lobo, Terence Blanchard, Ney Matogrosso, Lobão, Fernanda Abreu e Bebel Gilberto. Em qual outro lugar você poderia assistir esses artistas tão de pertinho, com tanta exclusividade? Daí um dos segredos do Baretto ser tão encantador.
Os outros segredos, é claro, estão na cozinha e no bar, comandado há mais de 20 anos pelo bartender Walter Lima, o Bolinha, que conduz o balcão e sua equipe com a alegria típica de quem, claramente, se orgulha do que faz. Além de preparar drinks tradicionais, como o Moscow Mule, de maneira impecável, ele também sabe surpreender.
"Bolinha, me traz um drink que você gosta de preparar?", pedi, sentado à mesa pertinho do bar. Foi então que Bolinha me serviu o Penicillin, um drink com licor de gengibre, limão siciliano, água de mel e algumas borrifadas de um uísque defumado que dá toda uma personalidade ao coquetel. Inesquecível!
Entre um drink e outro, quando a fome bater, experimente a também tradicional vitela à milanesa (R$104) e, como não poderia deixar de ser estando em uma casa italiana, uma massa, como o raviolini de búfala com um molho (incrível!) de tomates frescos e manjericão (R$109). Ambas as opções, como um bom prato de alto nível, derretem na boca. "Explosão de sabor!", como diria Erick Jacquin. Uma sobremesa, como a Panna Cotta (R$45) ou o Tiramissú (R$52, o mesmo servido no restaurante do Fasano) é uma boa pedida para encerrar a noite.
Para além dos comes e bebes, uma visita ao Baretto também é uma ótima oportunidade de experimentar um bom serviço como ele deve ser: um balé invisível, que dá um toque de magia para um date, um encontro de amigos ou, até mesmo, para uma noite especial consigo mesmo.