Livro sobre o Submariner da Rolex: parceria com a Rolex (Rolex/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 18 de setembro de 2024 às 17h38.
Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 17h39.
Recentemente um de meus melhores amigos me pediu uma ajuda. O pai dele faleceu poucos anos atrás e deixou, entre outras coisas, alguns relógios antigos, sem uso. Uma dessas peças era um Rolex. Sabendo do meu apreço pelo assunto, ele me pediu uma ajuda para identificar e de repente dar nova vida ao relógio do pai.
A peça havia sido, na verdade, do avô do meu amigo, e mais tarde passou para o pai. Eu imaginava que seria um Oyster Perpetual mais básico, clássico, talvez um modelo 1002. O que já seria um baita relógio, para além do valor sentimental.
Para minha surpresa, tratava-se de um Submariner, praticamente um sinônimo de relógio de mergulho. E não era um Submariner qualquer, e sim um de referência 5512. Desde que foi lançado, em 1953, o modelo já teve muitas e muitas versões. Somente entre 1953 e 1959 foram oito variações.
O 5512 foi o primeiro a ter pequenas saliência a protegendo a coroa, tem a certificação Superlative Chonometer Officialy e é um dos mais procurados pelos colecionadores.
Além de tudo, o relógio do meu amigo estava inteiramente original, bezel, bracelete de aço, coroa, tudo da mesma forma como o relógio foi vendido. A pátina, como é chamada a coloração do mostrador e dos ponteiros com o passar do tempo, estava linda, uniforme. Uma preciosidade, enfim.
A Rolex fez agora uma parceria com a revista de design Wallpaper para publicar a primeira história autorizada do relógio Oyster Perpetual Submariner. O livro foi escrito pelo autor e especialista em relógios Nicholas Foulkes. Com 252 páginas e intitulado Oyster Perpetual Submariner – o relógio que desbloqueou as profundezas, está disponível em inglês e francês.
Trata-se do primeiro de uma série de títulos que exploram os relógios exclusivos da marca. O livro conta a história do primeiro relógio de mergulho com garantia de resistência à água a uma profundidade de 100 metros (330 pés), um verdadeiro avanço para os anos 1950.
Foulkes já escreveu 40 livros, alguns sobre relojoaria. Aqui, ele narra a inovação técnica que levou à criação do relógio ao lado das aventuras de uma coleção extraordinária de pioneiros que testaram protótipos. “O Submariner, o arquétipo do relógio de mergulho, simboliza o elo histórico entre a Rolex e a exploração subaquática”, diz Arnaud Boetsch, diretor de comunicação e imagem da Rolex
De acordo com o executivo, com o tempo o Submariner evoluiu para um relógio icônico cuja fama se estende muito além do mundo marinho, tornando-se o verdadeiro relógio de escolha para uma ampla gama de esportes e outras atividades.
Como o título do livro indica, o Submariner desbloqueou as profundezas. A Rolex criou depois relógios que podiam ir ainda mais fundo. São eles o Sea-Dweller (1967), o Rolex Deepsea (2008) e o Oyster Perpetual Deepsea Challenge (2022), que pode descer até 11.000 metros (36.090 pés).
O livro também aborda os Embaixadores Rolex, apresentados pelo prisma da Iniciativa Perpetual Planet da Rolex, que apoia organizações e indivíduos envolvidos na exploração e proteção do meio ambiente. A obra está à venda no site da Wallpaper por 125 euros.
E quanto ao relógio do meu amigo, alguém deve estar se perguntando? Ele acabou levando a uma assistência da Rolex para revisão, mas sem mexer no mostrador e nos ponteiros, mantendo a aparência. E está muito feliz com seu Oyster Perpetual Submariner vintage em estado de novo.