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Um mês após acidente, Schumacher continua em coma

As informações sobre o estado de saúde do ex-piloto foram raras neste período de um mês de internação


	Fãs da Ferrari homenageiam Schumacher em frente ao hospital de Grenoble, onde ele está internado: a comoção mundial em relação ao ex-piloto foi grande 
 (Charles Platiau/Reuters)

Fãs da Ferrari homenageiam Schumacher em frente ao hospital de Grenoble, onde ele está internado: a comoção mundial em relação ao ex-piloto foi grande  (Charles Platiau/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 18h29.

São Paulo - O acidente de esqui sofrido por Michael Schumacher nos Alpes franceses completou um mês nesta quarta-feira. E o ex-piloto de Fórmula 1, maior campeão da história da categoria, com sete títulos conquistados, segue em coma induzido no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, onde ele ingressou no último dia 29 de dezembro após cair e bater com a cabeça em uma pedra, o que provocou graves lesões cerebrais.

As informações sobre o estado de saúde do alemão de 45 anos de idade foram raras neste período de um mês de internação, sendo que a família do ex-piloto tem evitado ficar divulgando a evolução do seu tratamento. Tanto é que a última vez que houve um pronunciamento oficial sobre a condição do ícone do automobilismo foi no dia 17 deste mês, quando Sabine Kehm, empresária de Schumacher, disse que a situação do mesmo era "estável".

"A família de Michael está muito contente e confiante com o trabalho do grupo de médicos que atende a Michael, e confiam plenamente neles. A condição de Michael, todavia, é considerada como estável", disse a agente, naquela ocasião, na qual pela primeira vez um comunicado sobre o seu estado de saúde não trouxe a palavra "crítica" para descrever a condição do heptacampeão mundial de F1.

A comoção mundial em relação a Schumacher foi grande neste período de um mês de internação. Segundo Sabine Kehm, a família do ex-piloto já recebeu mais de mil cartas de fãs e admiradores, além de presentes e outras demonstrações de apoio, muitas delas de pilotos, como por exemplo Felipe Massa, ex-companheiro do alemão na Ferrari.

No último domingo, centenas de fãs realizaram uma marcha pelo circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, onde o ex-piloto venceu sua primeira corrida, em 1992. Foram exibidas faixas, bandeiras e outros objetos com os nomes de Schumacher e da Ferrari, escuderia pela qual o alemão conquistou cinco de seus sete mundiais de Fórmula 1.


O presidente da Ferrari, Stefano Domenicali, já revelou que tem mantido contato constante com a família. O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, também aparece no hospital de Grenoble regularmente.

INVESTIGAÇÃO - No último dia 8 de janeiro, investigadores da Justiça francesa que apuram as causas do acidente sofrido por Schumacher confirmaram oficialmente que ele estava andando fora da trilha normal da pista da estação de esqui de Meribel no momento da sua queda.

A investigação também não apontou em qual velocidade o alemão esquiava quando caiu, mas informou que o mesmo estava a cerca de nove metros de distância da trilha demarcada para os esquiadores.

Por causa do impacto da queda, o alemão teve seu capacete dividido em dois após se desequilibrar, cair e bater com a cabeça em uma rocha. Os médicos que o atenderam confirmaram que o equipamento de proteção salvou a sua vida.

Por causa do grande assédio da imprensa e de fãs ávidos por novas notícias sobre o estado de saúde de Schumacher, a esposa do ex-piloto, Corinne, chegou a pedir publicamente para que todos deixem a sua família "em paz" neste momento difícil.

FUTURO INCERTO - Em coma induzido, Schumacher passou por duas cirurgias desde a sua internação por causa das graves lesões sofridas no seu cérebro.

E não se sabe por quanto tempo ele seguirá internado ou quando poderá sair do coma, assim como são imprevisíveis as sequelas que os problemas cerebrais poderão acarretar. Ainda não se sabe sequer se o alemão sairá do estado de coma.

Maior campeão da história da F1, Schumacher acumulou dois títulos pela Benetton antes de se consagrar com cinco campeonatos seguidos conquistados com a Ferrari.

Ele se aposentou definitivamente do automobilismo em 2012, após somar 91 vitórias na categoria maior da velocidade.

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