Meryl Streep venceu o Oscar pelo papel de Margareth Thatcher no filme "A Dama de Ferro" (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2013 às 14h51.
São Paulo – Em 2012, a polêmica ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, morta nesta segunda-feira, voltou a chamar a atenção da mídia por conta do filme A Dama de Ferro. Estrelado por Meryl Streep, vencedora do Oscar de melhor atriz no ano passado, o longa-metragem mostrou um lado mais humano da líder que despertou a ira de parte da população britânica ao longo de seu mandato, de 1979 e 1990.
Além do Oscar, a protagonista levou para casa um Globo de Ouro e o Bafta, quando a produção foi lançada. Mesmo sendo uma americana interpretando uma inglesa, Meryl conseguiu despertar no público certa empatia pela personagem marcada por suas decisões conservadoras e controversas. Parte desse sucesso se deveu ao fato de a diretora Phyllida Lloyd não ter focado apenas na vida política da líder, mas também em sua vida pessoal, seus problemas de saúde e até mesmo de sanidade mental.
Esse contraste entre a força e a fragilidade da personagem que foi o maior desafio para a atriz. Em entrevista ao Daily Mail, no ano passado, Meryl afirmou que a tarefa foi difícil e emocionante e que interpretar uma mulher tão conhecida no mundo, especialmente quando sua saúde está falhando, requer precisão e sensibilidade. Além disso, ela disse ainda que, mesmo sem concordar com sua política, Margareth Thatcher é digna de admiração, por sua determinação e coragem.
Em nota enviada à FOX, a atriz lamentou a morte da líder. "Margaret Thatcher foi pioneira, querendo ou não, para o papel das mulheres na política. Tive a honra de tentar imaginar o fim de sua jornada de vida, após o poder, mas compreendo apenas de relance o que eram suas muitas lutas, e como ela conseguiu navegar até o outro lado. Eu gostaria de transmitir as minhas condolências respeitosas a sua família e muitos amigos".
Meryl Streep ainda chamou a atenção para a importância de Margareth na história. "Ter se lançado, legitimamente, através das fileiras do sistema político britânico, amarrado a classes e com fobia de gênero como era, no tempo em que ela fez e do jeito que ela fez, foi um feito formidável .... Ter dado às mulheres e meninas em todo o mundo razões para suplantar fantasias de ser princesas com um sonho diferente: a opção da vida real de liderar sua nação, o que foi inovador e admirável", afirmou.
Com a morte da ex-primeira-ministra, o filme A Dama de Ferro não será a única obra a retratar a vida da personalidade. De acordo com o Guardian, o ex-editor do Daily Telegraph Charles Moore escreveu a biografia oficial de Margareth e só estava autorizado a publicá-la quando ela não estivesse mais viva. Por isso, é provável que o livro seja publicado em breve.
Veja, a seguir o trailer do filme.
https://youtube.com/watch?v=9_Xh8rumKdk%3Flist%3DUUJmCTfaqgP5AWqfQCF21fPg
* Atualizada às 16h32 do dia 08/04/13