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Tumultos marcam primeiras horas da Virada Cultural

Devido à confusão, a distribuição da aguardada galinhada do premiado chef de cozinha Alex Atala, programada para a meia noite deste domingo, no Minhocão, foi prejudicada

Atala não conseguiu comparecer ao evento e o prato foi distribuído bem depois do horário combinado (Agliberto Lima/Veja SP)

Atala não conseguiu comparecer ao evento e o prato foi distribuído bem depois do horário combinado (Agliberto Lima/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2012 às 11h40.

São Paulo - As primeiras horas da Virada Cultural 2012 foram marcadas por tumultos e confusões. Em diferentes horários e locais, atrações foram prejudicadas por brigas, empurra-empurra e falta de estrutura para atender ao grande número de pessoas.

A aguardada galinhada do premiado chef de cozinha Alex Atala foi um dos exemplos. Programada para a meia noite deste domingo, no Minhocão, a distribuição do prato foi prejudicada por um tumulto generalizado. A confusão foi formada após a invasão de pessoas que estavam sem a senha. Para piorar, os cozinheiros contaram que estavam sem estrutura, faltava energia para esquentar o alimento e a água teve de ser buscada em um comércio próximo ao evento.

Devido ao tumulto, Atala não conseguiu comparecer ao evento e o prato foi distribuído bem depois do horário combinado.

Show

Já o show da banda Mutantes, realizado na madrugada deste domingo, foi marcado por um princípio de tumulto na plateia que se apertava para acompanhar a apresentação. O público teve dificuldade em passar pelo lado esquerdo do palco, o que provocou empurra-empurra e a derrubada de algumas grades de proteção. Para conter a confusão, os seguranças ameaçaram as pessoas com "máquinas" de choque.

Sérgio Dias, vocalista e fundador do Mutantes, reclamou da má qualidade do som e do volume dos instrumentos. O problema de circulação de pessoas também ocorreu no show da Nadeah, no palco XV de Novembro.

Elis Regina

Enquanto Diogo Poças e Luciana Alves cantavam Brigas Nunca Mais em show que homenageava Elis Regina, cerca de 100 adolescentes começaram uma briga do lado direito do palco Boulevard São João.

O público, assustado, invadiu a área VIP do palco, derrubando as barreiras de proteção, enquanto os jovens corriam para o Vale do Anhangabaú destruindo tudo o que viam pela frente, como lixeiras e banheiros químicos. Não se sabe ao certo o que iniciou a briga, mas, segundo relatos, a confusão teve início após um empurra-empurra.

O cantor, Diogo Poças, mandou parar a música e disse: "Porra, a gente cantando a música Brigas Nunca Mais e vocês fazem uma coisa dessas? Viva Tom Jobim, não essa merda!".

Poucos minutos depois, uma nova briga ocorreu na esquina das ruas XV de Novembro e João Brícola, mas foi apartada.

Bebida alcoólica

Apesar da proibição da venda de bebidas alcoólicas durante a Virada, ambulantes ofereciam cerveja desde o começo do evento no palco montado no Vale do Anhangabaú.

A proibição ocorre desde 2011, quando mais de mil guardas-civis metropolitanos e 2 mil policiais militares, além de fazerem a segurança da Virada, começaram a atuar na fiscalização.

Neste ano, a Prefeitura prometeu uma fiscalização mais dura em relação aos "vinhos químicos" que, segundo o Instituto Adolpho Lutz, que analisou a bebida, possui 96% de álcool em sua composição.

Relativa tranquilidade

Em meio ao caos da Virada, uma ilha de relativa tranquilidade foi o Piano na Praça, realizado na Praça Dom José Gaspar. Relativa pois o espaço, um dos mais intimistas da programação, com poucos lugares disponíveis, ficou lotado desde o começo do evento, no final da tarde.

Iniciado pouco antes da meia-noite, o recital de Daniel Grajew entrou pela madrugada com uma versão solo de Rhapsody in Blue, de Gershwin. As informações são do portal Estadão.com.br

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