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Trump tentou licenciar nome Space Force, mas a Netflix chegou primeiro

Em 2018, Trump anunciou que gostaria de criar uma força espacial militar americana. Só que ele não contava com a astúcia da Netflix

Space Force: Netflix saiu ganhando em nome da série (Netflix/Reprodução)

Space Force: Netflix saiu ganhando em nome da série (Netflix/Reprodução)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 8 de junho de 2020 às 16h38.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 17h23.

A primeira batalha do presidente americano Donald Trump no espaço foi perdida. E não para extraterrestres, russos, chineses ou até mesmo para o bilionário Elon Musk, mas para a Netflix. Esquisito? Calma. Vai fazer sentido.

Em 2018, Trump anunciou que gostaria de criar uma força espacial militar americana para que, em suas palavras, "o país pudesse proteger sua infraestrutura espacial." No começo desse ano, a ideia virou piada nas redes sociais, em especial pela semelhança do logo do braço espacial com o da série Jornada nas Estrelas.

No entanto, nessa corrida espacial, a Netflix chegou primeiro. Pelo menos é o que aponta o site especializado em entretenimento Hollywood Reporter. Isso porque a empresa licenciou o nome Space Force ("Força Espacial", numa tradução literal) antes do próprio governo, para uma série de comédia que estreou em 29 de maio e é produzida por Greg Daniels e estrelada por Steve Carell, o Michael Scott da famosa The Office. Documentos mostram que a companhia já tinha ido atrás disso no começo do ano passado.

Na Europa e em países como México e Austrália, a plataforma de streaming tem os direitos sobre o nome, enquanto o Pentágono tem apenas um formulário pendente para registro.

Nada impede que uma série tenha o mesmo nome da força espacial americana. Mas, segundo o site, o problema nasce quando um ou outro decidir vender produtos parecidos relacionados às suas respectivas áreas — tanto a parte militar quanto as blusinhas com a cara dos personagens da produção estampada. De tal forma, como os clientes saberão de quem é a peça que estão comprando?

Um porta-vos da força aérea americana afirmou ao HR que "até o momento, não estamos sabendo de nenhum conflito com o programa fictício Space Force produzido pela Netflix." "Desejamos o melhor para a empresa e para os produtores do show em sua representação do mais novo braço militar", completou.

Um advogado ouvido pelo Hollywood Reporter acredita que não há como prever se isso poderá virar uma guerra entre Trump e a Netflix, uma vez que a força espacial é relativamente nova e que "não temos como saber o que esperar."

Mas já dizia o ditado — melhor um Michael Scott na mão do que dois voando. Ou não era assim?

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