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Torneio de tênis U.S. Open começa amanhã após onda de protestos

"Antes de ser tenista, sou uma mulher negra", declarou a jovem Naomi Osaka ao se recusar a jogar na quinta-feira

U.S. Open começa na segunda-feira, 31, após onda de protestos contra o racismo em diversos esportes (Stock.xchng/Getty Images)

U.S. Open começa na segunda-feira, 31, após onda de protestos contra o racismo em diversos esportes (Stock.xchng/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2020 às 10h51.

Última atualização em 30 de agosto de 2020 às 10h57.

O torneio de tênis U.S. Open começa na próxima segunda-feira depois de uma onda de protestos contra o racismo ter invadido o esporte na semana passada, do basquete ao beisebol, passando pelo futebol. Os protestos estão relacionados ao movimento "Vidas Negras Importam", motivados pelo incidente em que um homem negro, Jacob Blake, foi baleado pelas costas, por um policial branco nos Estados Unidos. Blake ficou paralisado da cintura para baixo.

Quem se destacou nos protestos no tenis foi a jovem Naomi Osaka, de 22 anos, japonesa, filha de pai haitiano. ″[A WTA e a USTA] se ofereceram para adiar todas as partidas até sexta-feira e, em minha mente, isso traz mais atenção ao movimento ”, disse Osaka ao jornal The Guardian. De acordo com informações do site CNBC, Billie Jean King, 39 vezes campeã de Grand Slam e pioneira na igualdade para mulheres no tênis profissional há 50 anos, elogiou Osaka por usar sua plataforma.

Osaka foi campeã do U.S. Open de 2018, em vitória contra a supercampeã Serena Williams, em jogo marcado pelo descontrole de Serena, em meio a polêmica com o juiz, e vaias do público. Agora, ao interromper o torneio ao se recusar a jogar, na quinta-feira, ela declarou: "Antes de ser uma tenista, sou uma mulher negra".

“Este é realmente o momento em que podemos realmente, verdadeiramente mudar as coisas”, disse King em uma entrevista ao Squawk Box da CNBC gravada na quinta-feira. “Vamos continuar a usar nossa plataforma no Open dos EUA para mudanças positivas, para igualdade e para justiça.”

“Imediatamente soubemos que a decisão certa era apoiar nossos atletas, mas também apoiar nosso esporte, fazendo aquela pausa na quinta-feira”, disse o CEO da United States Tennis Association, Michael Dowse, em uma entrevista ao Squawk Box. “É importante que reiniciemos coletivamente, juntos neste palco global.” 

Depois de inicialmente desistir de sua luta em protesto no Aberto Western & Southern, um precursor do Aberto dos EUA, a estrela do tênis Naomi Osaka venceu sua semifinal e terminou em segundo lugar.

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