Torcedores do Grêmio: a Polícia Civil pede aos torcedores que denunciem as pessoas envolvidas nos atos racistas contra o goleiro Aranha (Lucas Uebel/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 14h15.
Porto Alegre - A jovem que foi flagrada chamando de "macaco" o goleiro Aranha, do Santos, durante o jogo contra o Grêmio, na última quinta-feira à noite, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi afastada de seu trabalho.
Patrícia Moreira trabalha como auxiliar de saúde bucal em uma clínica que presta serviço para a Brigada Militar gaúcha. A decisão foi tomada ainda na quinta-feira, logo após ela ter sido flagrada pelas imagens captadas pela ESPN.
A repercussão negativa do caso nas redes sociais também motivou o afastamento da jovem. Conforme a assessoria de imprensa da Brigada Militar, tanto a corporação de polícia gaúcha quanto a empresa de odontologia repudiam a postura adotada pela torcedora e por isso pediram o afastamento dela.
A fim de identificar os demais envolvidos no episódio de racismo, o chefe da Polícia Civil no Rio Grande do Sul, delegado Guilherme Wondracek, pede aos torcedores do Grêmio que denunciem as pessoas envolvidas nos atos racistas contra o goleiro Aranha.
"No caso em concreto que envolve o jogador Aranha do Santos, os torcedores que estiveram ontem lá, e conheçam e possam identificar os torcedores, podem procurar a polícia", disse.
Após o árbitro Wilton Pereira Sampaio ter incluído na súmula os atos de racismo proferidos por um grupo de torcedores gremistas, o Grêmio pode ser punido com perdas de mandos de campo ou até ser excluído da Copa do Brasil, caso seja condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).