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Tony Scott, uma carreira dedicada aos filmes de ação

Com uma câmera nervosa, o diretor britânico filmou obras de ação protagonizadas por astros de Hollywood, como Tom Cruise e Bruce Willis


	Tony Scott: encontrado morto nesta segunda-feira, o cineasta tinha mais de 30 projetos na fila, para dirigir ou produzir, entre eles um "Top Gun 2"
 (Francois Guillot/AFP)

Tony Scott: encontrado morto nesta segunda-feira, o cineasta tinha mais de 30 projetos na fila, para dirigir ou produzir, entre eles um "Top Gun 2" (Francois Guillot/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 11h58.

Los Angeles - O diretor britânico Tony Scott, irmão mais novo do cineasta Ridley Scott, conquistou a fama e consagrou o ator Tom Cruise como símbolo sexual com "Top Gun - Ases Indomáveis", um grande êxito comercial de uma carreira dedicada principalmente aos filmes de ação.

Depois de estudar Artes Gráficas em Londres e de aprender a utilizar as câmeras na área de publicidade ao lado do irmão sete anos mais velho, Tony Scott dirigiu o primeiro longa-metragem, "Fome de Viver", em 1983.

O filme de vampiros, com um elenco impressionante - Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon -, não foi um sucesso comercial e deixou a aprovação da crítica para o irmão Ridley, que já tinha dois filmes cultuados no currículo, "Alien" (1979) e "Blade Runner" (1982). Com o passar dos anos, no entanto, "Fome de Viver" também passou a ser considerado um cult.

Três anos mais tarde, o diretor conseguiu um grande sucesso comercial com "Top Gun", que arrecadou 345 milhões de dólares em todo o mundo. Apenas na América do Norte, a arrecadação chegou a US$ 176 milhões.

Tony provou que também tinha seu valor e consolidou definitivamente Tom Cruise como um dos grandes astros de Hollywood, depois de seu papel como piloto da Força Aérea dos Estados Unidos.

Os dois retomaram a parceria quatro anos mais tarde com "Dias de Trovão" (1990), no qual o ator troca os caças por um stock-car e as pistas de corrida.

Os dois filmes foram produzidos por Jerry Bruckheimer, na época o rei do cinema de ação de grande orçamento, com quem Tony Scott também rodou "Um Tira da Pesada II" (1987), "Maré Vermelha" (1995) e "Inimigo do Estado" (1998).

Com uma câmera nervosa, Tony Scott foi ao longo da carreira um diretor de filmes de ação, protagonizados por astros de Hollywood: Kevin Costner em "Revenge - A Vingança" (1990), Bruce Willis em "O Último Boy Scout" (1991), Robert De Niro em "Estranha Obsessão" (1996) e Robert Redford e Brad Pitt em "Jogo de Espiões" (2001).

Nos anos 2000, Denzel Washington, com quem já havia trabalhado em "Maré Vermelha", virou o ator assinatura de Scott. A parceria foi vista em "Chamas da Vingança" (2004), "Déjà Vu" (2006), "O Sequestro do Metrô 123" (2009) e "Incontrolável" (2010), o último filme de Tony Scott como diretor.

Apesar de ter trabalhado para os grandes estúdios com roteiros menos ambiciosos que os escolhidos pelo irmão, Tony tinha a mesma inclinação pelo cinema independente e os projetos autorais que Ridley.

Em 1993, dirigiu "Amor à Queima Roupa", com Christian Slater e Patricia Arquette, baseado em um roteiro de Quentin Tarantino, que reservou um agradecimento a Tony Scott nos créditos de "Cães de Aluguel".

Como produtor, apoiou filmes de baixo orçamento como "Corações Perdidos" (2010) ou "Cyrus" (2010).

Também produziu "Prometheus", o filme mais recente de ficção científica do irmão, com quem também desenvolveu as série de televisão de sucesso "The Good Wife" e"Numb3rs" para o canal CBS.

Incansável como Ridley Scott, o cineasta tinha mais de 30 projetos na fila, para dirigir ou produzir, entre eles um "Top Gun 2", no qual Tom Cruise retomaria o papel original.

Tony Scott estava no terceiro casamento, com a atriz Donna Scott, com quem teve dois filhos.

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