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The Bling Ring, retrato de uma juventude obcecada por marcas

O filme de Sofia Coppola abre nesta quinta-feira a mostra oficial Un Certain Regard do Festival de Cannes


	O ator Israel Broussard, Sofia Coppola e a atriz Claire Julien: a cineasta se inspirou em um grupo de assaltantes adolescentes de Los Angeles especializado em assaltar casas de famosos
 (Alberto Pizzoli/AFP)

O ator Israel Broussard, Sofia Coppola e a atriz Claire Julien: a cineasta se inspirou em um grupo de assaltantes adolescentes de Los Angeles especializado em assaltar casas de famosos (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 12h44.

Cannes - "The Bling Ring", crônica de uma juventude rica, narcisista e obcecada por marcas e celebridades, abre nesta quinta-feira a mostra oficial Un Certain Regard do Festival de Cannes, revelando o lado bem-humorado de Sofia Coppola, que se inspirou em um grupo de assaltantes adolescentes de Los Angeles especializado em assaltar casas de famosos.

Os adolescentes - um menino e quatro meninas (incluindo Emma Watson, conhecida por seu papel como Hermione na saga "Harry Potter") - vivem na opulência com pais permissivos e ausentes, com pouco interesse nos estudos passam o tempo dissecando as marcas carregadas pelo "povo".

A verdadeira gangue, apelidada pela imprensa de "Bling Ring", consultava a agenda das celebridades na internet para roubar suas casas quando não estavam. Chegaram a furtar mais de 3 milhões em joias, roupas e sapatos.

Sofia Coppola desenhou um cenário com diálogos minimalistas, por vezes saborosos, apresentando crianças ricas mimadas e vazias, que agem de acordo com um espírito despreocupado.

"Eu amo Chanel", diz a obsessiva líder do grupo Rebecca (Katie Chang), ícone da moda que anda pelas ruas dos belos bairros de Los Angeles ao lado de seus companheiros.


A primeira vítima da gangue é ninguém menos que Paris Hilton, a herdeira milionária que reivindicou o status de "vítima da moda" ao alugar sua casa para as filmagens.

Sofia Coppola entra por esta caverna de Ali Baba que é o consumo do luxo, onde a quadrilha faz incursões repetidas (e um pouco repetitivas) pegando a chave reserva debaixo do tapete como em uma série de televisão.

Coleção de sapatos, prateleiras inteiras de óculos de sol, sofás cobertos por bolsas, almofadas e quadros com seu retrato... Fontes que alimentam as conversas dos protagonistas.

A verdadeira Paris Hilton também aparece brevemente nos créditos e em uma discoteca onde os adolescentes se reúnem para tirar fotos com seus celulares para suas contas do Facebook.

Antes de passar para o seu grande momento do filme, a prisão, os jovens cheiram cocaína.

O roubo de objetos de marca gradualmente se torna um grande passatempo, frenético e, finalmente, caricatural.

"Eu quero Chanel, vamos pegar algumas coisas", diz uma adolescente, no mesmo tom que alguém diz que pretende ir à praia.

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