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Tamagotchi completa 15 anos após conquistar 78 milhões de pessoas

A versão lançada em 23 de novembro de 1996 era uma tela com forma de ovo e o tamanho de um chaveiro

A edição de 1996 vendeu em apenas três anos cerca de 40 milhões de unidades, revolucionando o conceito de entretenimento (Tomasz Sienicki/AFP)

A edição de 1996 vendeu em apenas três anos cerca de 40 milhões de unidades, revolucionando o conceito de entretenimento (Tomasz Sienicki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 09h55.

Tóquio - O Tamagotchi, o pequeno ovo eletrônico que introduziu o conceito de animal de estimação virtual, completa nesta quarta-feira 15 anos após ter recebido os cuidados de 78 milhões de usuários e protagonizado mais de um estudo sociológico.

'Realmente ninguém esperava que se transformasse em algo tão grande', afirmou à Agência Efe Hiraku Minamika, um dos porta-vozes da fábrica de brinquedos japonesa Bandai, que destacou o 'prazer e a honra' de comemorar esse aniversário.

A versão do Tamagotchi que foi lançada em 23 de novembro de 1996 era uma tela com forma de ovo e o tamanho de um chaveiro que mostrava uma espécie de pinto virtual, que devia receber alimento, higiene e carinhos por meio de três botões.

Com os cuidados apropriados, o Tamagotchi completava geralmente um ciclo natural - nascia, crescia e morria - em cerca de 20 ou 25 dias, o que criava no usuário um senso de responsabilidade virtual pela dependência do animal de estimação.

Desde que foi criado o primeiro modelo de Tamagotchi (nome que vem da palavra japonesa 'tamago', que significa 'ovo'), foram lançadas mais de 35 versões do produto original no mundo todo.

No início, o brinquedo foi criado para distrair meninas a partir de 6 anos, embora sua proposta tenha atraído também jovens, homens e mulheres.

A edição de 1996 vendeu em apenas três anos cerca de 40 milhões de unidades, revolucionando o conceito de entretenimento.

Seu repentino sucesso fez com que a Bandai apostasse firme no produto em 2004, que 'deixou de ser apenas um brinquedo para se transformar em um personagem' com sua própria série de animação para televisão, que ainda é exibida no Japão, e um filme em 2007, acrescentou Minamika.


Desde então, o ovo cibernético conta com aplicativos para celulares, aprendeu a tocar música em seu modelo americano 'Music Star' e protagonizou versões para consoles de videogames.

Em 2004, saiu do forno a versão 'Tamagotchi Additional', que já vendeu até o momento 38 milhões de unidades em 54 países; em 2008, foi lançado o modelo com tela colorida, e em 2009 o chamado 'Tamagotchi iD' permitiu ampliar seus jogos e personalizar o animal de estimação através de downloads em celulares.

A Bandai lançou nesta quarta-feira no Japão uma versão especial, 'Tamagotchi iD L 15th Anniversary', para comemorar o aniversário de uma de suas invenções mais bem-sucedidas e que, por cerca de US$ 65 permite jogar com até 32 personagens diferentes.

O Tamagotchi, no entanto, não foi um fenômeno livre de polêmicas, já que quando foi lançado alguns psicólogos, como os da Universidade Teikyo em Tóquio, alertaram sobre os graves transtornos de ansiedade, insônia e falta de socialização que o brinquedo podia causar nas crianças.

Naquele momento foi analisado o perigo de uma invenção que, para os especialistas, também podia causar depressão e a frustração de seus usuários quando a falta e o excesso de cuidados ao animal de estimação virtual provocavam sua morte por indigestão, obesidade, solidão, fome ou falta de carinho.

Quando estava em seu auge no Japão, o Tamagotchi chegou a causar problemas sociais, como desatenção no trabalho e inclusive acidentes de trânsito ocorridos enquanto os motoristas atendiam as necessidades de seus animais de estimação virtuais.

Na ocasião, surgiram iniciativas como creches para o Tamagotchi, onde uma empregada alimentava e cuidava dos animais de estimação e sites que funcionavam como 'cemitérios virtuais' para os que morriam. EFE

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